Senado aprova atendimento prioritário em exames para diabéticos em jejum — Rádio Senado
Saúde

Senado aprova atendimento prioritário em exames para diabéticos em jejum

Aprovado por unanimidade, o projeto do senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) que garante atendimento prioritário para pessoas com diabetes em jejum. Ele destacou que a hipoglicemia pode provocar a morte do paciente. O relator, Flávio Arns (Podemos-PR), acatou sugestão da senadora Mara Gabrilli (PDSB-SP) de incluir a prevenção e o tratamento das complicações do diabetes na política nacional.

16/03/2022, 21h10 - ATUALIZADO EM 16/03/2022, 21h10
Duração de áudio: 02:50
saude.go.gov.br

Transcrição
SENADO APROVA ATENDIMENTO PRIORITÁRIOS PARA PACIENTES COM DIABETES NA REALIZAÇÃO DE EXAMES EM JEJUM. MAS ELES DEVERÃO INFORMAR O DIAGNÓSTICO E NÃO PODERÃO PASSAR NA FRENTE DE IDOSOS E GESTANTES. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. De autoria do senador Jorge Kajuru, do Podemos de Goiás, o projeto prevê atendimento prioritário para os pacientes com diabetes mellitus quando estiverem em jejum para exames de sangue e ultrassonografia de abdômen. Mas as pessoas com esse diagnóstico não poderão passar na frente de idosos, gestantes e pessoas com deficiência, além daqueles emergenciais. Pela proposta, a pessoa com diabete mellitus deverá informar a sua condição apresentando algum laudo ou exame para ter direito ao atendimento prioritário. Jorge Kajuru destacou que a hipoglicemia, ou seja, baixa concentração de glicose no sangue, pode provocar crises convulsivas, alterar o nível de consciência e até morte nos casos graves. Ele citou que cerca de 17 milhões de pessoas no Brasil têm diabetes, o que equivale a 7,5% da população. Infelizmente hoje ela apresenta um empate técnico com o AVC e com a hipertensão, ela não é mais a terceira. A cada dez brasileiros, dois são diabéticos e não existe pré-diabético. Há falhas no Brasil inteiro hoje em relação à forma como o SUS recebe os diabéticos. O senador Izalci Lucas me disse agora mesmo aqui que, em Brasília, não se encontra insulina em hipótese alguma. O relator, Flávio Arns, do Podemos do Paraná, incluiu no projeto uma sugestão da senadora Mara Gabrilli, do PSDB de São Paulo, para inserir na Política Nacional de Prevenção do Diabetes e de Assistência Integral à Pessoa Diabética a prevenção e o tratamento das complicações cardiocirculatórias, nefrológicas, oftalmológicas, neurológicas e ortopédicas provocadas pela doença. Segundo ele, essas medidas podem evitar casos graves e ainda economizar recursos públicos. A enumeração dessas complicações tem o propósito de atribuir a necessária ênfase à enorme demanda assistencial dos pacientes diabéticos em decorrência desses problemas, que todos sabemos que existem, e à carga que eles representam para os sistemas de saúde, além de lembrar que seu tratamento adequado constitui um meio efetivo de prevenir deficiências por causas evitáveis. Aprovado por unanimidade, o projeto segue para votação na Câmara dos Deputados. Já está em vigor uma lei que garante a distribuição gratuita de medicamentos e medidores de glicemia capilar para diabéticos. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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