CAS aprova cirurgia plástica de lábio leporino pelo SUS — Rádio Senado
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CAS aprova cirurgia plástica de lábio leporino pelo SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) será obrigado a realizar cirurgia plástica reconstrutiva de lábio leporino ou fenda palatina, bem como o tratamento pós-cirúrgico, com fonoaudiologia, psicologia e ortodontia, em recém nascidos. A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou projeto de lei com esse objetivo (PL 3.526/2019), relatado pelo senador Paulo Rocha (PT-PA). A proposta seguirá para análise do Plenário.

15/03/2022, 15h50 - ATUALIZADO EM 15/03/2022, 15h50
Duração de áudio: 01:59
Foto: Olival Santos / Gov. de Alagoas

Transcrição
A COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS APROVOU O PROJETO QUE OBRIGA O SUS A FAZER CIRURGIA PLÁSTICA PARA RECONSTRUÇÃO DE LÁBIO LEPORINO EM RECÉM-NASCIDOS. A PROPOSTA SEGUIRÁ PARA ANÁLISE DO PLENÁRIO. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. Já aprovado pela Câmara dos Deputados, o projeto prevê que o SUS, Sistema Único de Saúde, deverá realizar cirurgia plástica reparadora em bebês com lábio leporino ou fenda palatina. O procedimento será gratuito, bem como o acompanhamento pós-cirúrgico com fonoaudiólogos, psicólogos e dentistas especialistas em ortodontia e outras intervenções necessárias à recuperação completa da criança. No Brasil, uma criança em cada 650 nascimentos possui o problema. O autor, deputado Danrlei de Deus Hinterholz, do PSD gaúcho, citou que todos os anos são registrados quase seis mil casos de bebês com lábio leporino ou fenda palatal, e mais da metade não são atendidos pelo SUS. A senadora e médica Zenaide Maia, do Pros Potiguar, ressaltou que a reconstrução do lábio leporino não é apenas uma questão estética.  É uma doença grave que pode levar a criança. Ela pode ter pneumonia aspirativa, dificulta de falar, muitas crianças têm dificuldade de se alimentar. Não é estética, gente! É uma patologia que deve ser corrigida o quanto antes. Por emenda do relator, senador Paulo Rocha, do PT paraense, a cirurgia plástica será feita após o terceiro mês de vida, mas o acompanhamento da criança deve ser imediato. Trata-se realmente de uma reparação e uma necessidade, não só da fala, mas também da autoestima da criança. Porque se se estender por mais tempo pode trazer inclusive traumas ou problemas psicológicos. Por isso, além de ter essa reparação, também tem uma visão humana muito forte, muito grande. A proposta seguirá para análise do Plenário. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

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