Especialistas alertam sobre importância do diagnóstico precoce de doenças renais
O Senado celebrou em sessão especial o Dia Mundial do Rim. Especialistas alertaram sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce de doenças renais. Também pediram mais investimentos nas clínicas de hemodiálise. O evento, uma iniciativa da senadora Mara Gabrilli, do PSDB de São Paulo, foi presidida pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS).
Transcrição
EM SESSÃO ESPECIAL PARA CELEBRAR O DIA MUNDIAL DO RIM, ESPECIALISTAS ALERTARAM SOBRE A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DE DOENÇAS RENAIS.
TAMBÉM PEDIRAM MAIS INVESTIMENTOS NAS CLÍNICAS DE HEMODIÁLISE. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES.
Celebrado todos os anos na segunda quinta-feira de março, O Dia Mundial do Rim deste ano tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce de doenças renais. O presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Osvaldo Vieira Neto, informou que cerca de 20 milhões de brasileiros são afetados por doença renal crônica, dos quais, 143 mil são atendidos em programas de hemodiálise. Segundo a presidente da Federação Nacional das Associações de Pacientes Renais e Transplantados no Brasil, Maria de Lourdes Alves, o impacto na qualidade de vida de quem faz hemodiálise ou foi transplantado é extremo. Por isso, defende o diagnóstico precoce.
Quando entrei pela primeira vez em uma clínica de hemodiálise, com aqueles longos corredores, foi como se eu estivesse entrando para o corredor da morte. O exame de creatinina no sangue custa R$1,85 e o exame de urina, R$8, um valor extremamente pequeno se comparado aos benefícios trazidos com o diagnóstico precoce.
Para a senadora Zenaide Maia, do Pros potiguar, que é médica, é importante a prevenir doenças renais.
Fazendo esse controle da função renal, do seu filtro, porque sempre é uma doença grave, desgastante, para a gente fazer de tudo para não chegar à hemodiálise. O Brasil é o terceiro país que mais faz transplante de rim no mundo. Então, nós estamos deixando de fazer o dever de casa com saúde básica.
O presidente da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante, Marcos Alexandre Vieira, pediu mais investimentos para o tratamento de pacientes renais e, assim, evitar estágios avançados da doença.
As clínicas estão endividadas, com grandes dificuldades, algumas fecharam as portas. As clínicas hoje têm a necessidade iminente de uma reavaliação de como se manterem abertas, com um tratamento de qualidade. É um assunto que precisa ter o auxílio, a ajuda do Senado Federal, da Câmara dos Deputados, para que o Ministério da Saúde, os Governos dos estados e municípios possam ajudar na sustentabilidade dessas clínicas.
A sessão especial, uma iniciativa da senadora Mara Gabrilli, do PSDB de São Paulo, foi presidida pelo senador Nelsinho Trad, do PSD sul-mato-grossense. Também participaram do evento representantes da Associação Brasileira de Enfermagem em Nefrologia e da Aliança Brasileira de Apoio à Saude Renal. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.