Senado vai ouvir chanceler e embaixador brasileiro sobre consequências da guerra para o Brasil — Rádio Senado
Guerra na Ucrânia

Senado vai ouvir chanceler e embaixador brasileiro sobre consequências da guerra para o Brasil

Por sugestão da senadora Rose de Freitas (MDB-ES), o Senado vai ouvir o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, sobre os efeitos no Brasil da guerra da Rússia contra a Ucrânia. Já o embaixador do Brasil na Ucrânia, Norton Rapesta, vai responder críticas de omissão no resgate de brasileiros. Por iniciativa do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o Senado aprovou um voto de solidariedade à Ucrânia e ao seu povo pelos ataques russos. Ele sugeriu que as torres do Congresso Nacional sejam iluminadas de azul e amarelo, as cores da bandeira da Ucrânia.

09/03/2022, 08h37 - ATUALIZADO EM 09/03/2022, 08h56
Duração de áudio: 02:40
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Transcrição
SENADO CONVIDA O MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, O EMBAIXADOR DO BRASIL EM KIEV E UM REPRESENTANTES DE BRASILEIROS PARA DISCUTIR AS REPERCUSSÕES DA GUERRA NA UCRÂNIA. SENADORES TAMBÉM APROVARAM UM VOTO DE SOLIDARIEDADE AO PAÍS INVADIDO PELA RÚSSIA E FARÃO UMA HOMENAGEM AO POVO UCRANIANO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. O Plenário do Senado aprovou um convite para o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, esclarecer as causas, a situação e os efeitos no Brasil da guerra da Rússia contra a Ucrânia. A autora da iniciativa, senadora Rose de Freitas, do MDB do Espírito Santo, destacou que o País também sofrerá as consequências dessa invasão iniciada no dia 2 de março ao citar a expectativa de aumento do preço dos combustíveis e dos alimentos. Que nós tenhamos a capacidade não só de nos indignarmos contra essa guerra, mas também de conhecermos os efeitos dela. Dizem que nós não teremos nenhum prejuízo em relação aos produtos que chegam ao Brasil através dos países que estão envolvidos, mas não é verdade. Nós já temos nosso país reclamando, desabastecido, inclusive, na área da agricultura. É preciso que a gente aprofunde essa discussão, conheça os seus efeitos e as consequências cotidianas em relação às vidas e também à própria economia do país. Foi convidado ainda para esta sessão o embaixador do Brasil na Ucrânia, Norton Rapesta, que deverá responder as críticas de brasileiros que acusam o Itamaraty de negligência e omissão. O embaixador chegou a declarar que não havia plano de resgaste porque a guerra não aconteceria. O brasileiro David Abu-Gharbil também deverá participar do debate. Por iniciativa do senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, o Senado aprovou um voto de solidariedade à Ucrânia e ao seu povo pelos ataques russos. Ele cobrou do governo brasileiro que condene a guerra ressaltando a tradição do Brasil de defender a paz, a preservação dos direitos humanos, a independência dos países, a não-intervenção e solução pacífica dos conflitos. Quando a Carta das Nações Unidas, quando o Direito Internacional é ofendido, não há dois lados; existe só um lado: o lado do Estado que foi agredido. Quando o princípio da autodeterminação dos povos é ofendido, não há dois lados; só há um lado: o lado daquele Estado que está sendo agredido. Por isso, a posição do Governo brasileiro tem sido tímida e se coloca ao lado das piores ditaduras que existem. Randolfe Rodrigues também sugeriu que as torres do Congresso Nacional sejam iluminadas de azul e amarelo, as cores da bandeira da Ucrânia em homenagem à comunidade ucraniana que vive no Brasil. A data da sessão com o chanceler e embaixador brasileiros ainda será definida. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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