CMA faz audiência pública sobre Ato pela Terra

Transcrição
A COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE RECEBEU PARTICIPANTES DO ATO PELA TERRA, QUE ACONTECERÁ HOJE EM BRASÍLIA E FOI CONVOCADO PELO MÚSICO CAETANO VELOSO. O ATO PEDE A DERRUBADA DO QUE AMBIENTALISTAS CHAMAM DE “PACOTE DA DESTRUIÇÃO”, PROJETOS DE LEI QUE FACILITARIAM O DESMATAMENTO E A MINERAÇÃO EM TERRAS INDÍGENAS. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. A atriz Letícia Sabatella afirmou que a Guerra na Ucrânia não pode ser desculpa para projetos como o que autoriza a mineração em terras indígenas. A melhor maneira de se combater uma guerra não é invadindo terras indígenas e minerando a melhor maneira de enfrentar uma guerra. Mas a melhor maneira de combater uma guerra é buscar a melhor fonte, as melhores matrizes energéticas de vida que a gente tem. Txai Suruí, que discursou na abertura da COP 26 em novembro do ano passado, também condenou a proposta. Que não passe porque senão a gente tá decretando, e não temos que ter medo de falar, um genocídio. A atriz e apresentadora Maria Paula Fidalgo pediu ainda que os parlamentares barrem outras iniciativas que vão contra as futuras gerações. Nesse tempo de 1999 para cá a Europa já baniu esses agrotóxicos todos, tanta coisa já aconteceu, e agora em 2022 a Câmara acabou de aprovar, eles mudaram o nome, não é mais agrotóxico, agora é pesticida. O que faz com que a população fique confusa. A secretária da Amazônia e Serviços Ambientais, Marta Giannichi, disse que a fiscalização está agindo para coibir o desmatamento. Ao citar uma redução de focos de incêndio no ano passado,ela ressaltou que essa é uma luta de todos. O desmatamento é de responsabilidade compartilhada, não só Governo Federal, o esforço das multiagências sobre o tema, mas também dos entes federativos com a responsabilidade compartilhada com os estados também nas unidades de conservação estaduais e também  nas áreas privadas. Fabiano Contarato, senador do PT do Espírito Santo, foi outro a criticar o chamado “pacote de destruição”, alvo do Ato pela Terra, que acontece em Brasília nesta quarta-feira. Aproveita a guerra que estamos vivenciando para justificar a extração de minério em terra indígena. Então este Senado tem que dar uma resposta. Não basta ser reativos, temos que ser proativos. O presidente da Comissão de Meio Ambiente, Jaques Wagner, do PT da Bahia, ressaltou que defender o planeta não é questão de esquerda ou de direita. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.