Proposta proíbe fabricação e comércio de fogos de artifício barulhentos — Rádio Senado
Saúde

Proposta proíbe fabricação e comércio de fogos de artifício barulhentos

Está em análise pelo Senado um projeto (PL 5/2022) que proíbe, a fabricação, o comércio, o transporte, o manuseio e o uso de fogos de artifício que produzam estampidos. O autor, senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), justifica que o barulho causado pelos fogos prejudica a saúde de crianças, idosos e pessoas com deficiência e animais. Segundo ele, os ruídos podem alcançar de 150 a 175 decibéis, contudo, o limite suportado pelo ser humano é de 120 a 140 decibéis.

14/02/2022, 19h37 - ATUALIZADO EM 14/02/2022, 19h38
Duração de áudio: 02:46
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
PROJETO IMPEDE FABRICAÇÃO, TRANSPORTE, MANUSEIO E USO DE FOGOS DE ARTIFÍCIO QUE PROVOQUEM RUÍDOS. PROIBIÇÃO TEM COMO FINALIDADE PRESERVAR A SAÚDE E SEGURANÇA DE CRIANÇAS, IDOSOS, PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E ANIMAIS.  REPÓRTER REGINA PINHEIRO  Animais, como cães e gatos possuem audição mais sensível do que a dos seres humanos e se assustam facilmente com o barulho de fogos de artificio. As aves, amedrontadas com os ruídos, voam desorientadas e batem contra objetos, vidraças e outros pássaros. Além dos animais, também podem ser prejudicados pelo barulho dos fogos idosos, pessoas com doenças neurodegenerativas, Síndrome de Down e com Transtorno do Espectro Autista, gerando até crises convulsivas. Com o objetivo de assegurar o bem-estar dessas pessoas e dos animais, projeto do senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, proíbe a fabricação, o comércio, o transporte, o manuseio e o uso de fogos de artifício que produzam estampido. A médica veterinária Ludmilla Humig descreve algumas consequências dos barulhos dos fogos. Crise convulsiva, animais que chegam com sinais que estão enfartando, tem relatos de animais que chegam a óbito mesmo dentro de casa, porque não dá tempo de chegar a clínica veterinária. Outros pacientes que vem com causas secundárias provocadas por cortes, animais que saem correndo, em disparada, por dentro do ambiente em que ele está, e acaba se cortando com algum vidro, quebrando porta de vidro. Sem contar também com aqueles outros acidentes que podem ocorrer com as pessoas que têm autismo, com as pessoas que têm síndrome de down. E a gente vem pedindo para a população, para ter consciência e não usar desses artefatos, têm outras foras da gente comemorar Anderson Ribeiro, morador do Jardim Botânico de Brasília, é tutor de três cachorros e sua sogra sofre do mal de Alzheimer. Ele relata os transtornos causados pelo barulho dos fogos.      Meus três cachorros ficam extremamente apavorados com os fogos. Eles ficam ofegantes, inquietos, ficam procurando lugar para se esconder. E às vezes, até lugares perigosos, que eles podem até se machucar. Além disso, a mãe do meu esposo, que mora com a gente, tem 81 anos e tem Mal de Alzheimer e ela fica muito agitada com os barulhos e, às vezes, a gente precisa até dar um remédio para ela, para que ela fique mais calma, para que não prejudique mais o estado dela. Eu acho os fogos lindos, eu como carioca, sempre achei muito lindo os fogos lá em Copacabana e as cores, a luz, acho tudo muito legal. Mas o barulho tira a graça de tudo isso, né? E hoje a gente sabe que existem fogos que não têm barulho. E o que era para ser uma coisa linda e divertida, acaba criando um grande transtorno para a gente.  A proposta de Randolfe Rodrigues prevê multa de até 20% do valor do faturamento bruto para a empresa que fabricar ou comercializar fogos que provoquem fortes barulhos. O senador ressalta que a proposta não proíbe o uso de fogos visuais que não causam barulho. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro

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