Comissão de enfrentamento da Covid defende desburocratização da ciência
A Comissão temporária criada para acompanhar as ações de combate à pandemia se reuniu 44 vezes em 2021. Foram ouvidos os ministros da Saúde, Educação, Economia, Ciência e Tecnologia e Comunicações, além de governadores e representantes da Anvisa, FioCruz e Instituto Butantan. Entre as recomendações do relator, senador Wellington Fagundes (PL-MT), está a desburocratização da produção científica, para que haja uma aproximação com o Parlamento e, principalmente, a geração de empregos.
Transcrição
ENTRE AS RECOMENDAÇÕES FINAIS DA COMISSÃO DE ENFRENTAMENTO DA COVID-19 ESTÁ A DESBUROCRATIZAÇÃO DA PRODUÇÃO TECNOLÓGICA E CIENTÍFICA.
O COLEGIADO SE REUNIU 44 VEZES EM 2021, OUVINDO ESPECIALISTAS, MINISTROS, GOVERNADORES E ÓRGÃOS COMO ANVISA, FIOZCRUZ E BUTANTAN. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA
Ao longo de 2021, a comissão temporária criada para acompanhar as questões de saúde pública relacionadas ao coronavírus se reuniu 44 vezes. O grupo fez 39 audiências públicas, quatro delas com o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, em momentos distintos da pandemia. Já o ministro Paulo Guedes foi ouvido três vezes, para atualizar os senadores sobre a situação orçamentária do País e as medidas do governo para minimizar os impactos da crise financeira. Também prestaram esclarecimentos, ao menos uma vez, os ministros da Educação, de Ciência e Tecnologia e das Comunicações. Em diversas ocasiões, foram consultados governadores, a Anvisa, o Instituto Butantan e a Fiocruz. Todas as informações foram transformadas em um extenso relatório, no qual o senador Wellington Fagundes, do PL de Mato Grosso, faz recomendações para preparar o Brasil para situações semelhantes no futuro. Fagundes apontou que o País sofreu as consequências de um subfinanciamento crônico na área tecnológica, especialmente no setor de biotecnologia. E defendeu a necessidade de ampliar e garantir a continuidade dos investimentos públicos em ciência.
Necessidade de fazer com que a nossa produção tecnológica e científica seja desburocratizada, aproximando o Parlamento e, principalmente, transformando todas essas ações em ações que possam ajudar a população e ainda, mais do que nunca, fazer com que as nossas pesquisas saiam da prateleira e virem nota fiscal, geração de emprego, geração de oportunidades para todos os brasileiros.
Fagundes também sugeriu que fossem aprovados três projetos de lei que estão em análise no Senado: o que aumenta o piso salarial dos enfermeiros e técnicos de enfermagem, o que institui o Fundo de Amparo às Crianças Órfãs pela Covid-19 e o que obriga estados e municípios a comunicarem imediatamente aos órgãos de proteção da infância e da juventude se menores de idade perderem a mãe E o pai. Da Rádio Senado, Marcella Cunha.
