Autoexame da região bucal ajuda na descoberta de doenças

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AUTOEXAME DA BOCA AUXILIA NA DETECÇÃO DE DOENÇAS TUMORES TÊM MAIOR CHANCE DE CURA SE DETECTADOS PRECOCEMENTE.  REPORTAGEM DE REGINA PINHEIRO  Ficar atento às alterações na boca contribui para a descoberta precoce de doenças, possibilitando receber tratamento adequado.  Bruno Franco Franzão, dentista especialista em Ortodontia, estética do sorriso e halitose, explica que sintomas como a xerostomia, conhecida popularmente como boca seca, podem indicar, por exemplo, uma doença renal: Se o paciente está apresentando periodontite que é a inflamação do osso da mandíbula ou da maxila, se ele tiver quadros de xerostomia, lesões na mucosa, isso pode ser um sinal indicativo que ele pode estar tendo um problema renal. Não que essa infecção gerou um problema renal, mas o problema renal se manifestou na boca. Por isso, a importância de visitas periódicas ao dentista para avaliar essas situações. Uma abordagem multidisciplinar. O dentista também chama a atenção para a importância do autoexame na detecção do câncer bucal, tumor maligno que afeta lábios, gengivas, bochechas, céu da boca e língua: Um dos primeiros sinais do câncer de boca ele vai se dar através de úlceras ou feridas, muitas vezes bem parecidas com aftas, manchas brancas avermelhadas, às vezes lesões nos lábios, na língua e até mesmo no céu da boca. Então, o paciente tendo esse cuidado de fazer um autoexame periódico, vai na frente do espelho mesmo, da sua casa, do banheiro e abre bem a boca, tenta afastar lábio, põe a língua para fora, para cima. E as regiões que não forem visualizadas, vão ser visualizadas nas visitas periódicas ao dentista. O Instituo Nacional de Câncer, Inca, alerta que a maioria dos casos de câncer de boca é detectada já em estágios avançados, por isso a importância do autoexame. O diagnóstico na fase inicial da doença permite tratamento mais efetivo e a cura.  Ainda de acordo com o Inca, esse tipo de câncer é mais comum em homens acima dos 40 anos, sendo o quarto tumor mais frequente no sexo masculino na região Sudeste. Trabalhadores que ficam expostos a substâncias como óleo de corte, amianto, poeira de madeira, de couro, de cimento, de cereais e têxtil, formaldeído, sílica, fuligem de carvão, solventes orgânicos e agrotóxicos correm maior risco no desenvolvimento do câncer de boca. Para a prevenção da doença, o Instituo Nacional de Câncer recomenda o baixo consumo de bebidas alcoólicas; não fumar; aplicar protetor solar nos lábios; usar preservativo na prática do sexo oral; manter uma higiene bucal adequada e o peso saudável. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro