Alessandro Vieira recorre ao Supremo contra atraso na vacinação de crianças — Rádio Senado
Pandemia

Alessandro Vieira recorre ao Supremo contra atraso na vacinação de crianças

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) protocolou notícia-crime no Supremo Tribunal Federal para apurar se houve prevaricação do governo federal na aquisição de vacinas para crianças entre 5 e 11 anos. Para Vieira, "é inaceitável que algum tipo de preconceito pessoal interfira em questões de saúde pública". O uso do imunizante foi aprovado pela Anvisa em 16 de dezembro, mas a inclusão de menores de 12 anos no Plano Nacional de Vacinação cabe ao Ministério da Saúde.

23/12/2021, 19h06 - ATUALIZADO EM 23/12/2021, 19h06
Duração de áudio: 02:20
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
O SENADOR ALESSANDRO VIEIRA ACIONOU O STF PARA APURAR SE BOLSONARO E QUEIROGA COMETERAM CRIME AO ATRASAR VACINAÇÃO DE CRIANÇAS. NESTA QUINTA-FEIRA, O GOVERNO ABRIU UMA CONSULTA PÚBLICA SOBRE O ASSUNTO, MESMO COM A APROVAÇÃO DA ANVISA. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA O senador Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, apresentou uma notícia-crime ao STF acusando o Governo Federal de prevaricação pela demora na vacinação de crianças de cinco a 11 anos contra a covid-19. Vieira explicou que a intenção é que o caso seja analisado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. Nós apresentamos uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal com relação a conduta do ministro da saúde, Marcelo Queiroga e do presidente Jair Bolsonaro, por conta do retardo deliberado na compra e distribuição de crianças, mesmo com essa vacinação autorizada pela Anvisa. O imunizante da Pfizer é específico para esta faixa etária e, além de possuir um terço da dose dos adultos, tem cinco vezes menos concentração de RNA, o componente que estimula a resposta do sistema imunológico. O imunizante já é aplicado em países como Estados Unidos, Alemanha e Canadá, e teve o uso autorizado pela Anvisa no dia 16 de dezembro. Mas, a decisão de incluir menores de 12 anos no Plano Nacional de Imunização cabe ao do Ministério da Saúde, que pediu prazo até 5 de janeiro para se manifestar. Nesta quinta-feira, o  Governo abriu uma consulta pública sobre o assunto. No documento, Vieira aponta que o Governo tem praticado atos administrativos como estratégia para retardar a aquisição das vacinas. É inaceitável que algum tipo de preconceito pessoal, individual, interfira em questões de saúde pública. É muito importante que o Ministério Público e o Judiciário tomem suas providências. O Brasil precisa e tem pressa. Em uma carta conjunta das sociedades brasileiras de Pediatria, Infectologia e de Imunizações, os médicos atestam que a vacina já foi aplicada em mais de 5 milhões de crianças e adolescentes nos Estados Unidos, sem efeitos adversos graves. A Organização Mundial da Saúde alertou que este grupo é o mais afetado pela nova onda de covid-19 na Europa e, que nenhuma outra doença que pode ser prevenida com vacinação causou tantos óbitos em crianças e adolescentes no Brasil. A notícia-crime foi escrita em conjunto com a deputada federal Tábata Amaral, do PSB de São Paulo, e o secretário de Educação do Rio de Janeiro, Renan Carneiro. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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