Comissão debate importância da economia criativa para o desenvolvimento regional

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A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES DEBATEU NESTA QUINTA-FEIRA A INTERNACIONALIZAÇÃO DA GASTRONOMIA E DO TURISMO. PARA ESPECIALISTAS, O INVESTIMENTO EM ECONOMIA CRIATIVA PODE INDUZIR O DESENVOLVIMENTO DAS REGIÕES SUL E CENTRO-OESTE DO PAÍS. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA. Os ciclos migratórios brasileiros construíram um patrimônio de sabores e aromas que transformaram o Brasil num centro megadiverso de cultura. Considerada a terceira maior motivação para viagens em todo o mundo, a gastronomia pode ser uma grande aliada do desenvolvimento regional brasileiro. Para a chef de cozinha Ana Paula Jacques, a comida é uma estratégia diplomática que aproxima os povos e gera empatia. Paisagem, pessoas, cultura e comida são absolutamente inseparáveis e é isso que a gastronomia faz, ela conecta todos esses elementos e coloca no prato. Mas o prato é só a ponta do iceberg, porque a cadeia de valor da gastronomia começa no campo, mas não termina na mesa, vai muito além dos limites da cozinha, ela conversa com a história, com a geografia, com o turismo e com as relações exteriores. A comida é considerada a forma mais antiga de diplomacia. Antônio Borges, do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, o Senac, afirma que a educação profissional precisa se voltar para o fortalecimento da economia local. É inadmissível imaginarmos avançar numa agenda de educação sem trabalharmos a questão ambiental, social e da governança. É inadmissível imaginarmos que a gente não vai ensinar para os nossos chefs que tem que valorizar o típico local. Promover a inclusão social, prosperidade local, a valorização da cultura, a preservação ambiental e o bem-estar do nosso povo é nosso foco. A presidente da Comissão de Relações Exteriores, Kátia Abreu, do PP do Tocantins, destaca que a economia criativa é um instrumento de apoio para o desenvolvimento regional. É o turismo, é a gastronomia, é o artesanato, é a cultura, é a nossa história, é o resgate dos nossos costumes, dos nossos temperos, dos nosso alimentos. Nós queremos que isso passe além-mar e que chegue nos países mais distantes essa grande economia criativa que o Brasil tem. A economia criativa é um instrumento de nós ajudarmos o interior do Brasil. Um dos focos de trabalho da Comissão de Relações Exteriores neste biênio é apostar no comércio exterior como forma de desenvolvimento regional e combate à desigualdade social. Para o ano de 2022, a CRE destinou R$ 20 milhões, por meio de emendas ao orçamento, para a realização de eventos em embaixadas brasileiras com o objetivo de promover a cultura, a gastronomia e o turismo nacional. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.