CAE debate preços de combustíveis com presidente da Petrobras

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A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS DISCUTIU O PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS COM O PRESIDENTE DA PETROBRAS, JOAQUIM SILVA E LUNA, E REPRESENTANTES DO GOVERNO. SENADORES PEDIRAM MEDIDAS PARA ESTABILIZAR AS TARIFAS, E NÃO OLHAR APENAS PARA OS VALORES COBRADOS NO MERCADO INTERNACIONAL. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO: Senadores cobraram uma política de preços que atenda não apenas aos interesses da Petrobras e de seus acionistas, mas a população. Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte, diz que a empresa não pode apenas olhar o mercado internacional para fixar as tarifas no Brasil. Jean Paul criticou ainda a venda de refinarias e a redução na capacidade de autossuficiência em petróleo e derivados. Todos os militares, civis, democratas ou não, presidentes, desde Getúlio, desde a criação da Petrobras perseguiram a autossuficiência da Petrobras. Para quê? Para conquistar a possibilidade de ter um preço diferenciado, não totalmente desgarrado do mercado internacional para não virar uma Venezuela, não é isso que se preconiza aqui, mas pelo menos manejar um pouco da componente do preço internacional do petróleo aqui dentro. O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, disse que a empresa responde por 4% do PIB brasileiro e que atitudes equivocadas tomadas em gestões passadas levaram a companhia, e em consequência, o País, a prejuízos bilionários. A Petrobras não exerce o monopólio, tem que praticar preços de mercado conforme exige a legislação. A prática de preços de mercado garante o abastecimento nacional de combustíveis e estimula a atração de investimentos. A empresa é fiscalizada por mais de uma dezena de órgãos e instituições de controle e possui robusta estrutura de governança e conformidade. A Petrobras retorna para a sociedade em forma de investimento, royalties, tributos, dividendos, todos os seus bons resultados. Jean Paul Prates é o relator de projeto de lei (PL 1472/2021) que propõe um fundo de estabilização para os preços de gasolina, diesel e gás, e cria um imposto de exportação sobre o petróleo bruto. A proposta é do senador Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, e está na pauta da próxima reunião da Comissão de Assuntos Econômicos. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço. TAMBÉM PARTICIPARAM DA AUDIÊNCIA PÚBLICA O SECRETÁRIO EXECUTIVO DO MINISTÉRIO DA ECONOMIA, MARCELO GUARANYS, E O SECRETÁRIO DE PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS DO MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA, RAFAEL BASTOS DA SILVA.