Comissão que analisa crise energética quer ouvir ministro de Minas e Energia — Rádio Senado
Energia

Comissão que analisa crise energética quer ouvir ministro de Minas e Energia

A comissão temporária que vai analisar causas e efeitos da crise hidroenergética quer ouvir o ministro de Minas e Energia e outros representantes do setor sobre medidas de enfrentamento da escassez hídrica. O plano de trabalho também prevê visitas técnicas e avaliação de propostas para garantir segurança energética do país.

18/11/2021, 12h53 - ATUALIZADO EM 18/11/2021, 12h53
Duração de áudio: 02:07
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO TEMPORÁRIA QUE VAI ANALISAR CAUSAS E EFEITOS DA CRISE HIDROENERGÉTICA DO PAÍS QUER OUVIR MINISTRO E OUTROS REPRESENTANTES DO SETOR. PLANO DE TRABALHO TAMBÉM PREVÊ VISITAS TÉCNICAS E AVALIAÇÃO DE PROPOSTAS PARA GARANTIR SA EGURANÇA ENERGÉTICA DO PAÍS. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA. Os principais fatores responsáveis pela crise energética do país são o aumento do consumo de água dos reservatórios para usos além da geração de energia, o desmatamento, a retirada de água dos rios para irrigação e construção de pequenos açudes, a redução da média de chuvas e o aumento da seca nas regiões Sudeste e Centro-Oeste por causa do aquecimento global. As conclusões são do relator da Comissão Temporária da Crise Hidroenergética, senador José Aníbal, do PSDB de São Paulo. Ele também destaca que o governo precisa investir nos planejamentos estratégicos que incluam prováveis variações climáticas.    Após 2012, há 9 anos, estamos sempre no eixo negativo e a linha de tendência negativa está claramente se acelerando, portanto, os gestores de uma área tão estratégica para o país não podem mais atribuir a crise somente a São Pedro. A falta de chuvas já deveria ter sido incorporada aos modelos de gestão e planejamento do setor. Para o presidente da comissão, Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte, a seleção dos gestores adequados é a medida mais importante para combater a escassez hídrica e o aumento das tarifas. Nós temos países e gestores mundo afora que invejam a condição do Brasil pela diversidade e pela dimensão das fontes energéticas que nós temos à nossa disposição. É aquele velho problema da seleção brasileira, quem escalar e em que posição. E exige muita inteligência e muita capacidade de gestão e de diálogo porque cada uma dessas fontes tem negócios por trás, tem grupos, tem investidores, tem interesses. A comissão aprovou a vinda do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque; de representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica, Aneel; e do Operador Nacional do Sistema Elétrico, ONS. Os encontros ainda não têm data definida. O plano de trabalho completo, contendo prazos, reuniões e visitas técnicas, deve ser votado na próxima segunda-feira. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.

Ao vivo
00:0000:00