Juristas veem possibilidade de impeachment com base em relatório da CPI — Rádio Senado
CPI da Pandemia

Juristas veem possibilidade de impeachment com base em relatório da CPI

A direção da CPI da Pandemia entregou cópias do relatório final para representantes dos Ministério Público de São Paulo e da CPI da Prevent Senior da Câmara Municipal. Segundo Randolfe Rodrigues (Rede-AP), os juristas Miguel Reale Júnior e Sylvia Steiner não descartaram usar o relatório final para pedirem o impeachment do presidente Bolsonaro na Câmara dos Deputados e apresentarem uma comunicação de crime no Tribunal Penal Internacional. Já o senador Marcos Rogério (DEM-RO) criticou a direção da CPI por pressionar o procurador-geral da República, Augusto Aras.

10/11/2021, 21h02 - ATUALIZADO EM 10/11/2021, 21h30
Duração de áudio: 02:45
Alan Santos/PR

Transcrição
APÓS RECEBIMENTO DO RELATÓRIO FINAL, JURISTAS NÃO DESCARTAM PEDIDO DE IMPEACHMENT CONTRA BOLSONARO POR FALHAS DE GESTÃO NA PANDEMIA. ALIADOS CRITICAM AMEAÇA DE CONVOCAÇÃO DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA SE NENHUMA INVESTIGAÇÃO FOR ABERTA ATÉ O DIA 27.  REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN O presidente da CPI, Omar Aziz, do PSD do Amazonas; o vice, Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá; o relator, Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, e os senadores Humberto Costa, do PT de Pernambuco, e Simone Tebet, do MDB de Mato Grosso do Sul, entregaram o relatório final da comissão a representantes do Ministério Público de São Paulo e do Ministério Público do Trabalho e da CPI da Prevent Senior da Câmara Municipal. Após as conversas, a CPI da Pandemia vai compartilhar documentos e informações. Randolfe Rodrigues citou que uma força-tarefa do MP de São Paulo vai aprofundar as investigações da Prevent Senior, de fake news relacionadas à pandemia e sobre o FIB Bank, que não é banco, mas avalizou o contrato do Ministério da Saúde para a compra da vacina indiana covaxin. Os senadores também se reuniram com os juristas Miguel Reale Júnior e Sylvia Steiner, que se comprometeram em analisar o relatório final para decidirem se entram com um pedido de impeachment na Câmara dos Deputados contra o presidente Jair Bolsonaro pela conduta na pandemia. Os senadores também não descartam apresentar uma comunicação de crime contra ele no Tribunal Penal Internacional. Segundo Randolfe Rodrigues, a CPI vai esperar uma resposta do procurador-geral da República, Augusto Aras, até o dia 27. Caso nenhuma das autoridades seja investigada, Aras poderá ser convocado a dar explicações.   Eles aceitaram a provocação no sentido de preparar o pedido de impeachment com base no relatório da CPI contra o presidente da República. E em nos auxiliar na intermediação para encaminhar o relatório junto ao Tribunal Penal Internacional. Até o dia 27, esperamos uma manifestação. Não aceitaremos desídia, leniência ou omissão. O senador Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, acusou a direção da CPI de interferência no Ministério Público ao ameaçar o procurador-geral da República. A CPI apresentou um relatório ilegal, inconstitucional que aponta para o presidente da República, que sequer é investigado de uma CPI. E agora comete mais uma ilegalidade que é dar prazo ao procurador-geral da República. O que a cúpula da CPI está tentando fazer é emparedar o procurador-geral da República. Acho que estão confundindo os papéis. No final de outubro, Augusto Aras determinou a abertura de uma investigação preliminar para apurar as denúncias contra o presidente Bolsonaro e outros doze políticos citados no relatório final da CPI, entre ministros e deputados. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

Ao vivo
00:0000:00