Cúpula da CPI entrega relatório final a juristas. Aliados de Bolsonaro apontam falta de provas. — Rádio Senado
CPI da Covid

Cúpula da CPI entrega relatório final a juristas. Aliados de Bolsonaro apontam falta de provas.

A direção da CPI da Pandemia entrega nesta terça-feira (9) o relatório final a representantes do Ministério Público do Estado de São Paulo e da CPI da Prevent Senior da Câmara Municipal. Segundo Renan Calheiros (MDB-AL), o encontro com os juristas Miguel Reale Júnior e Sylvia Steiner na capital paulista servirá para discutir pedido de impeachment e de uma ação no Tribunal Penal Internacional. Na quarta-feira (10), os senadores estarão no Rio de Janeiro. Marcos Rogério (DEM-RO) minimizou a entrega do relatório final, ao destacar a falta de provas e uma investigação seletiva.

08/11/2021, 17h09 - ATUALIZADO EM 08/11/2021, 17h10
Duração de áudio: 02:37
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
INTEGRANTES DA CPI DA PANDEMIA ENTREGAM RELATÓRIO FINAL A AUTORIDADES DE SÃO PAULO E DO RIO DE JANEIRO. E SE REÚNEM COM JURISTAS PARA DISCUTIREM PEDIDO DE IMPEACHMENT. SENADORES ALIADOS ALEGAM QUE O DOCUMENTO NÃO TEM PROVAS CONTRA O PRESIDENTE BOLSONARO E O GOVERNO.  REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN O presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz, do PSD do Amazonas; o vice, Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá; o relator, Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, e o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, começam a compartilhar o relatório final com autoridades fora de Brasília. Nesta terça-feira, eles serão recebidos por representantes dos Ministérios Públicos do Estado de São Paulo, e do Trabalho em São Paulo, e pelo presidente da CPI da Prevent Senior da Câmara Municipal, vereador Antonio Donato. Na capital paulista vão tratar especificamente das denúncias contra o plano de saúde, entre elas experimentos com remédios sem eficácia e transferência de pacientes da UTI para enfermarias. Ainda em São Paulo, os integrantes da Comissão vão se reunir com os juristas Miguel Reale Júnior e Sylvia Steiner. No encontro, eles vão discutir a possibilidade de as denúncias contra o presidente Bolsonaro se transformarem num processo de impeachment na Câmara dos Deputados e numa ação no Tribunal Penal Internacional. Renan Calheiros explicou que esses processos não podem ser apresentados diretamente pela CPI.    Nós não vamos entregar absolutamente nada para o presidente da Câmara. A Comissão Parlamentar de Inquérito concluiu pelo crime de responsabilidade do presidente da República. Como no passado, cabe a qualquer um, no caso nosso, nós estamos encaminhando para que juristas façam, apresentem um pedido de impeachment. A CPI não pode fazê-lo no diretamente. Na quarta-feira, os senadores farão a entrega do relatório final para representantes dos Ministérios Público Federal e Estadual do Rio de Janeiro. O enfoque são as denúncias de corrupção envolvendo os hospitais federais. O senador Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, reforçou que não há elementos contra o presidente Bolsonaro.     O que eu vejo é um movimento muito forte do grupo que comandou a CPI tentando emplacar o seu relatório, aquilo que eles não conseguiram fazer no âmbito da CPI. Não investigaram, não aprofundaram na busca das provas e das evidências. Agora tentam fazer com que alguém compre a ideia das narrativas que tentaram vender no âmbito da CPI. Os integrantes da CPI também deverão visitar os laboratórios Butatan em São Paulo e Fiocruz no Rio de Janeiro. A comitiva deverá fazer a entrega do relatório final a autoridades do Amazonas nos próximos dias. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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