Comissão debate deficiências educacionais acumuladas na pandemia da covid-19 — Rádio Senado
Senado do Futuro

Comissão debate deficiências educacionais acumuladas na pandemia da covid-19

A Comissão Senado do Futuro debateu nesta sexta-feira os desafios para superação das deficiências educacionais acumuladas na pandemia de covid-19. Professores e especialistas alertaram para o retrocesso do ensino a patamares de mais de uma década atrás.

05/11/2021, 14h55 - ATUALIZADO EM 05/11/2021, 14h56
Duração de áudio: 02:39
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO SENADO DO FUTURO DEBATEU A SUPERAÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS EDUCACIONAIS ACUMULADAS NA PANDEMIA DA COVID-19. ESPECIALISTAS ALERTAM PARA RETROCESSO DO ENSINO A PATAMARES DE MAIS DE UMA DÉCADA ATRÁS. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA. O Brasil é signatário de compromisso internacional para garantir educação primária e secundária inclusiva e de qualidade para todas as crianças até 2030. Mas estatísticas de 2016 revelam que 55% dos estudantes de até 8 anos não sabem ler e escrever. A pandemia da covid-19 interrompeu as aulas presenciais em todo o país, aprofundando déficits de aprendizagem na população mais vulnerável e desigualdades sociais. A afirmação é do presidente da Comissão Senado do Futuro, Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal. Com relação à nossa educação, já tinha muita dificuldade, muita deficiência no normal, com a pandemia aí é que as coisas ficaram ainda mais difíceis. De fato, no Brasil, comunidades mais carentes têm muita dificuldade principalmente agora na era da tecnologia da inovação. Lamentavelmente os nossos jovens não têm os instrumentos necessários para ter uma educação compatível com o século 21. Para a professora da Fundação Getúlio Vargas, Cláudia Costin, a crise sanitária piorou o processo de aprendizagem que já estava em condições ruins e provocou o retrocesso do ensino a patamares de mais de uma década atrás. Ela defendeu medidas urgentes para resgatar a aprendizagem dos alunos, como cursos de férias e priorização curricular. O modelo de escolas em tempo integral no Brasil já foi testado e mostrou que o impacto é essencial, então vai ser muito importante que a gente avance nessa direção e que os professores tenham dedicação exclusiva a uma única escola, além disso tem que haver tempo para um certo dirigido. O representante da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Luiz Miguel Garcia, chamou atenção para a necessidade de reorganizar o Sistema Nacional de Educação. Já a pedagoga Shirley Dutra lembrou as dificuldades dos professores para descobrir novas forma de ensinar e a pesada carga emocional que enfrentaram com o trabalho remoto. O Ministério da Educação apontou como um dos principais desafios o tamanho do país que conta com 47 milhões estudantes em 179 mil escolas, dificultando o combate à evasão escolar e a garantia de infraestrutura tecnológica para ensino híbrido. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.

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