Subcomissão da Educação na Pandemia aponta falta de investimentos e diálogo — Rádio Senado
Educação

Subcomissão da Educação na Pandemia aponta falta de investimentos e diálogo

A Subcomissão Temporária para Acompanhamento da Educação na Pandemia discutiu nesta quarta-feira (3) o que gestores e colaboradores da comunidade escolar têm feito para minimizar os efeitos da pandemia para os estudantes. Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Heleno Araújo, falta diálogo com o Executivo e documentos enviados pela instituição nunca foram respondidos. Já Zenaide Maia (PROS-RN) cobrou mais iniciativa do Executivo na busca de recursos para o setor.

03/11/2021, 17h11 - ATUALIZADO EM 03/11/2021, 17h12
Duração de áudio: 02:50
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
A SUBCOMISSÃO QUE DISCUTE A EDUCAÇÃO NA PANDEMIA DEBATEU NESTA QUARTA-FEIRA O RETORNO DAS AULAS PRESENCIAIS. SEGUNDO REPRESENTANTE DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO, DOCUMENTOS ENVIADOS AO GOVERNO NUNCA FORAM RESPONDIDOS. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA A subcomissão temporária para acompanhamento da educação na pandemia discutiu nesta quarta-feira o retorno das aulas presenciais. Os senadores indagaram o que gestores e colaboradores da comunidade escolar têm feito para minimizar os efeitos da pandemia para os estudantes. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Heleno Araújo, se queixou de falta da diálogo com o Poder Executivo para elaborar uma estratégia nacional. Todos os ofícios enviados pela CNTE ao Ministério da Educação, até hoje, não tivemos respostas durante o governo do presidente Jair Bolsonaro e dos ministros que passaram naquela pasta. E isso se repete em governo estaduais e municipais, onde as decisões são tomadas por pequenos grupos chamados especialistas, desconsiderando os segmentos da comunidade escolar que estão no dia a dia. Heleno defendeu que o relatório final da comissão peça o fim da Emenda 95, que impede que o governo gaste mais do que a despesa do ano anterior corrigida pela inflação. Para Heleno, o teto de gastos inviabiliza o Plano Nacional de Educação. Segundo o representante dos trabalhadores da educação, pesquisas indicam que houve uma redução de 1500 profissionais efetivos e temporários entre 2016 e 2020 em algumas capitais. Sem a reposição desses trabalhadores, Heleno acredita ser impossível que os estudantes recuperem o conteúdo perdido durante o fechamento das escolas. Para a vice-presidente da subcomissão, senadora Zenaide Maia, do PROS do Rio Grande do Norte, é fundamental garantir investimentos para a pasta.  Eu nunca vi um ministro não defender recurso para a sua pasta. Fica aqui dizendo que está aqui sobrando dinheiro e mais, que um aluno da escola público custa muito mais do que a privada e o da privada é mais eficiente. Enquanto a gente neste país estiver contando os centavos da educação, considerando educação uma despesa e não um investimento, como o país vai crescer sem educar as pessoas?  O presidente da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação, Manoel Humberto, defendeu que parcerias entre estados e municípios sejam feitas de forma mais efetiva. Ele ressaltou que mais de 3 mil e 400 municípios já criaram sistemas que agregam o Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb. A votação do projeto que cria o Sistema Nacional de Educação está marcada para 11 de novembro na Comissão de Educação. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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