Governista rebate em voto separado conclusões da CPI da Pandemia — Rádio Senado
CPI da Pandemia

Governista rebate em voto separado conclusões da CPI da Pandemia

Antes da votação do relatório final da CPI da Pandemia, os autores dos votos em separado terão 20 minutos para sua leitura. Mas esses pareceres paralelos só serão votados em caso de derrota do relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL). Em mais de 200 páginas, Marcos Rogério (DEM-RO) rebate as acusações contra o presidente Bolsonaro e cobra investigações das denúncias de corrupção contra estados e municípos. Já Eduardo Braga (MDB-AM) pediu o indiciamento do governador do Amazonas, Wilson Lima, pela falta de oxigênio e insumos, além da responsabilização de agentes do governo federal pelo caos em Manaus em janeiro deste ano.

25/10/2021, 13h52 - ATUALIZADO EM 25/10/2021, 13h57
Duração de áudio: 03:10
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
RELATÓRIO FINAL DA CPI DA PANDEMIA SERÁ VOTADO NESTA TERÇA-FEIRA COM POSSIBILIDADE DE MUDANÇAS, A EXEMPLO DO INDICIAMENTO DO GOVERNADOR DO AMAZONAS. SENADORES DA BASE ALIADA VÃO TENTAR APROVAR UM DOS VOTOS EM SEPARADO COM FOCO NAS DENÚNCIAS DE CORRUPÇÃO NOS ESTADOS E MUNICÍPIOS.  REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Antes da votação do relatório final do senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, serão apresentados os chamados votos em separado. Cada senador autor desse parecer paralelo terá 15 minutos prorrogáveis por mais 5 minutos para a sua leitura. Em seu voto em separado, Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, sustenta que a CPI da Pandemia desviou o foco das investigações das denúncias de corrupção dos estados e municípios e voltou a declarar que a Comissão se transformou num palanque de perseguição política por conta das eleições do ano que vem. Ele rebateu as acusações contra o presidente Bolsonaro ao afirmar que a pandemia pegou todos os países de surpresa e que o governo agiu prontamente na compra de insumos, como respiradores, e vacinas quando liberadas pela Anvisa. Marcos Rogério negou omissão ao afirmar que o Supremo Tribunal Federal garantiu a estados e municípios autonomia na condução da crise. Por que não aprofundou a investigação? É uma investigação manca, parcial e seletiva. É um verdadeiro faz-de-conta, é isso que aconteceu. Não quiseram investigar para valer o que aconteceu no âmbito dos estados e dos municípios. Em relação ao governo federal, ficaram rodando em círculo aqui o tempo todo e no relatório ele faz acusações graves, enquadramento penal, que não tem qualquer cabimento, para justificar o trabalho da CPI. Mas que não tem consistência. O relatório final terá prioridade na apreciação em relação aos chamados votos em separado, que só serão analisados em caso de arquivamento do relatório de Renan Calheiros. Alguns senadores defendem ajustes ao parecer, a exemplo da inclusão do governador do Amazonas, Wilson Lima, na lista de indiciados. Eduardo Braga, do MDB amazonense, destacou que Manaus padeceu não somente com a falta de oxigênio, mas foi transformada em um laboratório para testes na população com tratamentos sem eficácia.   mas é inaceitável que o relatório final não peça a punição de nenhum dos responsáveis pelo caos vivido no Estado do Amazonas. Nosso Estado foi transformado em um verdadeiro campo de testes, com experimentos com remédios ineficazes, falta de oxigênio, de leitos de internação e até de covas para enterrar os nossos conterrâneos. Não há nenhuma dúvida de que houve uma série de crimes e de criminosos que precisam ser punidos. Por isso, o Amazonas continua se sentindo injustiçado.  Os senadores Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, e Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal também apresentaram votos em separado. Eduardo Girão, do Podemos do Ceará, um dos autores do pedido de criação da CPI, poderá entregar um parecer com foco nas denúncias de corrupção contra estados e municípios, sobretudo, o Consórcio Nordeste. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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