Aprovada redução maior na emissão de gases de efeito estufa — Rádio Senado
Meio Ambiente

Aprovada redução maior na emissão de gases de efeito estufa

O Senado aprovou projeto (PL 1539/2021) da senadora Kátia Abreu (PP-TO) que estabelece nova meta para redução da emissão de gases de efeito estufa pelo Brasil, antecipando para 2025 a redução de 43%, tendo como referência o ano de 2005. O relator, senador Marcelo Castro (MDB-PI) acrescentou nova meta também para 2030, determinando a diminuição de 50% nas emissões. As ações para alcançar as metas terão ênfase na eliminação do desmatamento ilegal e na promoção da agropecuária sustentável.

20/10/2021, 20h07 - ATUALIZADO EM 20/10/2021, 20h09
Duração de áudio: 03:28
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Transcrição
OS SENADORES APROVARAM A PROPOSTA QUE ANTECIPA EM CINCO ANOS A META DO ACORDO DE PARIS PARA REDUÇÃO DE EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA O PRAZO PASSARÁ DE 2030 PARA 2025. REPORTAGEM DE REGINA PINHEIRO De autoria da senadora Kátia Abreu, do PP do Tocantins, a proposta altera a Política Nacional sobre Mudança do Clima para estabelecer nova meta de compromisso nacional voluntário de diminuição das emissões de gases de efeito estufa, reduzindo em 43% até 2025 as emissões em relação ao ano de referência de 2005, tendo por base o mais recente Inventário Brasileiro de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa não Controlados pelo Protocolo de Montreal. O novo prazo antecipa em cinco anos o previsto no Acordo de Paris, que estipulou metas para limitar o aumento das temperaturas no planeta. Kátia Abreu argumenta que o Brasil hoje  está entre os dez países com maior contribuição nas emissões dos gases de efeito estufa, representando aproximadamente 3% do quantitativo mundial. Para a senadora, essa situação lança uma luz negativa sobre o país, afastando investidores e parceiros comerciais que prezam pela sustentabilidade. Ela cita a resistência da União Europeia em ratificar  acordo comercial com o Mercosul.  Para a senadora, o Brasil é capaz de reduzir as emissões e o desmatamento em menos tempo: Porque todos os outros países do mundo, para reduzir 50% até 2030 vão ter que fazer um esforço, um sacrifício sobre-humano e eu ainda fico pensando se irão alcançar. Não porque não queiram, mas eles têm que mudar a matriz energética. Eles usam uma matriz suja, uma matriz emissora, altamente poluente. Não precisamos de dez anos para reduzir e acabar com o desmatamento ilegal. Cinco anos serão suficientes.  O relator senador Marcelo Castro do MDB do Piauí incluiu emenda para instituir uma nova meta de 50% de redução de emissões para o ano de 2030. Também inseriu no texto a promoção da agropecuária sustentável, ao lado da eliminação do desmatamento ilegal, como ação a ser enfatizada para o alcance dos objetivos de redução de emissões. Marcelo Castro afirmou que o desmatamento ilegal na Amazônia é a principal crítica dos líderes mundiais: Os líderes mundiais, europeus principalmente, tem criticado muito essa questão do meio-ambiente no Brasil, sobretudo essa questão da Amazônia, o desmatamento ilegal. que ocorre no Brasil. Porque diferentemente dos demais países, o nosso problema aqui não é nossa matriz energética, não é nossa matriz elétrica, o grande problema no Brasil é o desmatamento ilegal, sobretudo na Amazônia.  O projeto foi aprovado na esteira da 26º Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a COP26, que  acontecerá entre 31 de outubro a 12 novembro deste ano, em Glasgow, na Escócia. O texto vai à Câmara dos Deputados.  Da Rádio Senado, Regina Pinheiro

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