Bolsistas de escolas beneficentes terão vagas reservadas em universidades
Bolsistas de escolas beneficentes terão vagas reservadas em universidades e instituições de ensino técnico, passando a integrar a Política de Cotas do governo. A Comissão de Educação também aprovou dispensa de justificativa de ausência em edição anterior do Enem para estudantes carentes pedirem isenção de taxa de inscrição. (PLS 197 / 2018 – PL 2805 / 2021 – PL 2685 / 2021)

Transcrição
BOLSISTAS DE ESCOLAS BENEFICENTES TERÃO VAGAS RESERVADAS EM UNIVERSIDADES E INSTITUIÇÕES DE ENSINO TÉCNICO, PASSANDO A INTEGRAR A POLÍTICA DE COTAS.
A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO TAMBÉM APROVOU DISPENSA DE JUSTIFICATIVA DE AUSÊNCIA EM EDIÇÃO ANTERIOR DO ENEM PARA ESTUDANTES CARENTES PEDIREM ISENÇÃO DA TAXA DE INSCRIÇÃO. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA.
A proposta aprovada reserva vagas em universidades e instituições de ensino técnico para bolsistas de escolas beneficentes. Para a senadora Zenaide Maia, do Pros do Rio Grande do Norte, é fundamental corrigir a injustiça na disputa por vagas na educação superior entre alunos de escolas públicas e privadas.
A maioria das vagas nas universidades federais eram ocupadas por jovens de classe média lata, isso porque a concorrência é desleal, estuda nas melhores escolas, tem professores particulares, tem nutricionista, psicólogo, então é essencial que a gente tenha o olhar diferenciado para a maioria.
A Comissão de Educação também aprovou a dispensa da justificativa de ausência em edição anterior do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, para o candidato pedir isenção da taxa de inscrição durante a pandemia. Para o relator, Marcelo Castro, do MDB do Piauí, as medidas de isolamento prejudicaram os estudantes mais pobres.
As dificuldades criadas pela pandemia da covid-19, principalmente para os alunos da 3ª série do ensino médio, certamente impactaram o comparecimento dos estudantes ao Enem, tanto em razão dos prejuízos de aprendizagem que sofreram os estudantes, quanto em função das próprias medidas de isolamento social, os quais fizeram com que o índice de abstenção ao Exame fosse o maior de todos os tempos.
O senador Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte, defendeu o direito dos jovens à isenção da taxa de inscrição.
Nós tivemos dois anos pandêmicos, são anos excepcionais das nossas vidas, e penalizar o estudante pobre por algo que não foi causado por ele seria mais uma questão de insensibilidade justamente com os que mais precisam das políticas públicas e das chances na vida.
Também foi aprovado projeto que retira idade mínima de 14 anos para o recebimento da Bolsa-Atleta Estudantil e permite o acúmulo do benefício com bolsas de estudo, pesquisa e extensão. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.