Juristas dizem que CPI tem provas para uma denúncia no Tribunal Penal Internacional contra Bolsonaro — Rádio Senado
CPI da Pandemia

Juristas dizem que CPI tem provas para uma denúncia no Tribunal Penal Internacional contra Bolsonaro

A CPI recebeu mais um grupo de juristas que considera haver provas de crimes contra a humanidade e genocídio para embasar uma denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional. O senador Rogério Carvalho (PT-SE) disse que Bolsonaro agiu intencionalmente na disseminação do vírus. Já Marcos Rogério (DEM-RO) aponta perseguição política ao presidente da República.

17/09/2021, 13h19 - ATUALIZADO EM 17/09/2021, 13h19
Duração de áudio: 02:49
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Transcrição
JURISTAS DIZEM QUE A CPI DA PANDEMIA TEM PROVAS PARA UMA DENÚNCIA CONTRA O PRESIDENTE BOLSONARO NO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL. ALIADOS REBATEM ACUSAÇÕES DE CRIME CONTRA HUMANIDADE E GENOCÍDIO E ALEGAM QUE OPOSIÇÃO NÃO INVESTIGOU ESTADOS E MUNICÍPIOS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Em mais uma reunião com integrantes da CPI da Pandemia, juristas declararam que a comissão dispõe de material probatório que pode embasar uma denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional. Deisy Ventura, Eloisa Machado e Fernando Aith avaliam que Bolsonaro cometeu crime contra a humanidade e genocídio por suas condutas na pandemia. Eles citaram que ao priorizar a retomada da economia, o presidente da República contribuiu para a disseminação do novo coronavírus por negar a gravidade da pandemia, por ser contrário às medidas restritivas, como lock down, por criticar o uso de máscaras, por defender o tratamento precoce e por incentivar a população a desrespeitar as regras sanitárias, além de atrasar a compra de vacinas. Eloisa Machado explicou que o Tribunal Penal Internacional deve analisar três denúncias contra o presidente Bolsonaro por crimes ambientais, contra a humanidade e genocídio relacionados à população indígena. Para o senador Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, Bolsonaro agiu intencionalmente para disseminar o coronavírus acreditando na imunidade de rebanho. Ele apostou no contágio e ao apostar no contágio, ele, de forma dolosa, porque ele tinha informações de que a doença tinha um grau de letalidade alta e era altamente contagiosa, e, portanto, milhares de brasileiros se infectaram, adoeceram e morreram. E ele sabe desses riscos. Mesmo assim ele intensificou uma campanha para que houvesse uma ampliação de contágio. Mas o senador Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, avalia que a oposição demonstra a falta de provas ao recorrer a juristas na tentativa de enquadrar o presidente Bolsonaro.   A CPI perdeu a lógica, perdeu o rumo e tenta fechar seu trabalho com um relatório fake. Querer acusar o presidente de genocídio só prova que a CPI investigou e não encontrou nada contra o governo federal. A CPI escolheu não investigar as denúncias de corrupção contra estados, municípios e o Consórcio Nordeste com provas, com evidências denúncias na Polícia Federal, no Ministério Público Federal e agora sem provas tentam enquadrar o presidente da República.  Segundo os juristas, a situação de Manaus com a tese de imunidade de rebanho, tratamento precoce e falta de oxigênio, além dos testes realizados pelo plano de saúde Prevent Senior sem a autorização e conhecimento dos pacientes também configuram a prática de crimes contra a humanidade. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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