Senadores divergem sobre redução em 86% da verba para a compra de vacinas — Rádio Senado
Covid-19

Senadores divergem sobre redução em 86% da verba para a compra de vacinas

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) classificou de temeridade a decisão do governo de reduzir em 86% a verba para a compra de vacinas no ano que vem. Ao lembrar que a pandemia não acabou, ele citou o surgimento de novas variantes e um total de 30% da população totalmente imunizada. Já o senador Marcos Rogério (DEM-RO) afirmou que não há previsão orçamentária específica para vacinas e antecipou que o governo poderá liberar mais recursos, se necessário.

03/09/2021, 12h06 - ATUALIZADO EM 03/09/2021, 12h08
Duração de áudio: 03:00
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Transcrição
SENADORES DA OPOSIÇÃO CONSIDERAM TEMEREIDADE A REDUÇÃO NO ORÇAMENTO DE 2022 DOS RECURSOS DESTINADOS À COMPRA DE VACINAS. ALIADOS DO GOVERNO AFIRMAM QUE A MELHORA DA PANDEMIA JUSTIFICA A RESERVA DE 4 BILHÕES DE REAIS. MAS ASSEGURAM MAIS RECURSOS SE HOUVER PIORA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Já enviado ao Congresso Nacional, o Orçamento de 2022 reservou apenas R$ 3,9 bilhões para a compra de vacinas contra a covid-19. Em comparação com a verba deste ano de quase R$ 28 bilhões, a redução foi de 86%. A equipe econômica argumentou que não existem estudos que demonstrem a necessidade de uma imunização anual contra o novo coronavírus, a exemplo da vacinação contra a gripe, e ressaltou que foi o próprio Ministério da Saúde que definiu este valor no Orçamento de 2022. O senador Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, criticou a pouca quantia de recursos destinada à vacinação contra a covid-19. Ao destacar que a pandemia ainda não acabou, ele lembrou que apenas 30% da população brasileira está totalmente imunizada em meio ao surgimento de novas variantes. Já deveríamos estar neste momento contratando vacina para 2022. A pandemia não acabou. Nós estamos com uma nova variante Delta e duas outras variantes que são mais perigosas porque os imunizantes disponíveis não conseguem garantir imunidade a quem já tomou a vacina. Portanto, é uma temeridade e uma ação irresponsável do governo Bolsonaro. Já o senador Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, argumentou que o Orçamento Geral da União não costuma reservar recursos específicos para vacinas. Ao afirmar que até o final do ano toda a população estará vacinada, ele ressaltou que há uma previsão de melhora na pandemia. Marcos Rogério deixou claro, no entanto, que se houver necessidade o governo federal poderá destinar mais recursos para a compra de imunizantes. Marcos Rogério) Espera-se que a campanha de vacinação esse ano cumpra sua meta, que é imunização de toda a população vacinável do Brasil. Então, o fato de você ter uma previsão menor para o próximo ano é porque tem a expectativa de que no próximo ano a gente não tem um cenário como foi 2020/2021. Agora, havendo necessidade de você ter um recurso para ampliar a aquisição de vacina tanto o governo quanto o Parlamento não faltarão ao Brasil no tocante a isso. Mais de 30 países decidiram aplicar neste ano uma terceira dose em idosos e pessoas com sistemas imunes fracos. O Brasil também optou por garantir o reforço a esses públicos específicos, que começarão a ser imunizados a partir do dia 15. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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