Renan anuncia para setembro entrega do relatório da CPI da Pandemia — Rádio Senado
CPI da Pandemia

Renan anuncia para setembro entrega do relatório da CPI da Pandemia

Já no período de prorrogação, a CPI da Pandemia investiga nesta segunda fase a compra de vacinas, com destaque para a indiana covaxin. Após denúncias feitas ao colegiado, o Ministério da Saúde cancelou o contrato de R$ 1,6 bilhão. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) anunciou para meados de setembro o relatório final apesar de a CPI terminar oficialmente em novembro. Marcos Rogério (DEM-RO) criticou a falta de investigação de corrupção envolvendo estados e municípios.

20/08/2021, 13h48 - ATUALIZADO EM 20/08/2021, 13h48
Duração de áudio: 02:48
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
SENADOR NEGA QUE JÁ ESTEJA PRONTO O RELATÓRIO FINAL DA CPI DA PANDEMIA AO PREVER A ENTREGA EM MEADOS DE SETEMBRO.   BASE ALIADA VOLTA A QUESTIONAR A FALTA DE INVESTIGAÇÃO DE DENÚNCIAS DE IRREGULARIDADES NOS REPASSES DO GOVERNO FEDERAL. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Instalada no final de abril com prazo de 90 dias de duração, a CPI da Pandemia já está no período de prorrogação até o dia 5 de novembro. Agora as investigações estão na segunda fase focando na compra de vacinas com destaque para a indiana covaxin. Após denúncias de irregularidades feitas na CPI, o Ministério da Saúde cancelou o contrato de R$ 1,6 bilhão com a Precisa Medicamentos. Nos três primeiros meses, a CPI apurou a omissão do governo federal no gerenciamento da pandemia, a tese da imunidade de rebanho, a defesa do tratamento precoce e a demora na compra de vacinas. O senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, anunciou que pretende apresentar o relatório final em meados de setembro, apesar de a CPI ter sido prorrogada até 5 de novembro. Em resposta a questionamentos da base aliada, ele negou que já tenha um parecer pronto. Não há nenhum relatório pronto, nem relatório, nem pré-relatório, nem nada. Eu pretendo, como relator, posso até não aprovar nesta Comissão Parlamentar de Inquérito, responsabilizar por crime comum todos os membros do gabinete paralelo pela maldade que fizeram contra o Brasil ao prescreverem remédios ineficazes, ao estabelecerem prioridades para gasto orçamentário, para execução de gasto público criminosamente. Os senadores da base aliada voltaram a cobrar a investigação das denúncias de desvios de recursos federais por estados e municípios. Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, citou diversas operações da Polícia Federal que revelaram corrupção com dinheiro da pandemia. Ele reclamou mais uma vez que a CPI está focada apenas no governo federal. Desde o início alertei que o relator já tinha um relatório debaixo do braço e que tudo se tratava de construir narrativas para sangrar o presidente da República. Era jogo pré-eleitoral. Eu tenho uma série de requerimentos que nunca foram sequer pautados nesta CPI. São 36 de convocação, 6 de convite, 6 de informações, e 2 de compartilhamento de informação. O Supremo Tribunal Federal entendeu que os governadores não são obrigados a comparecerem à CPI, que, por outro lado, recebeu centenas de documentos de estados e municípios. Desde abril, a comissão já realizou 49 reuniões. Dessas, mais de 40 foram destinadas a depoimentos. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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