Presidente da CMA critica postura do governo frente à emergência climática mundial — Rádio Senado
Meio Ambiente

Presidente da CMA critica postura do governo frente à emergência climática mundial

Cientistas de 65 países alertaram para quadro ambiental dramático provocado pelo aquecimento global. O presidente da Comissão de Meio Ambiente, Jaques Wagner (PT-BA), criticou a postura do governo frente à emergência climática mundial e pediu ações urgentes de combate ao problema.

13/08/2021, 13h21 - ATUALIZADO EM 13/08/2021, 13h21
Duração de áudio: 02:25
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
CIENTISTAS DE 65 PAÍSES ALERTAM PARA QUADRO AMBIENTAL DRAMÁTICO PROVOCADO PELO AQUECIMENTO GLOBAL. PRESIDENTE DA COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE CRITICA POSTURA DO GOVERNO FRENTE À EMERGÊNCIA CLIMÁTICA MUNDIAL. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA. O relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas divulgado nesta semana alerta para a necessidade imediata de combate aos efeitos da poluição e do desmatamento no planeta. O documento comprova que a atuação humana é responsável pela elevação da temperatura da terra em mais de 1 grau e que algumas das consequências são irreversíveis por centenas de anos, como o aumento do nível do mar. O presidente da Comissão de Meio Ambiente, Jaques Wagner, do PT da Bahia, criticou a postura do governo e afirmou que a reação da sociedade precisa ser rápida para resolver o problema. A nossa resposta dever ser rápida e responsável. E, mesmo fazendo a nossa lição de casa, pode levar até 30 anos para que as temperaturas se estabilizem. Ocorre que sobra negacionismo no Governo atual e falta determinação, principalmente no combate ao desmatamento. A dependência do clima afeta diversos fatores: nossa matriz energética, nossa economia, principalmente no setor de agricultura e seus impactos de produção, nossa segurança alimentar. Jaques Wagner destacou que os desastres climáticos também geram perdas econômicas para o país e para o mundo. Além da questão do clima, temos uma crise social gerada pela desigualdade em níveis de pobreza que só vêm aumentando, também em decorrência do desemprego. A população mais vulnerável está mais exposta a enchentes, secas e falta de água. O senador Jayme Campos, do Democratas de Mato Grosso, lembrou a crise do Pantanal. nós já tivemos uma tragédia no ano passado. Fruto do quê? Da irresponsabilidade dos órgãos responsáveis na questão da política ambiental do Brasil. Lamentavelmente, há uma política perversa contra o Pantanal. O pantaneiro sobrevive ali com muita dificuldade. Os senadores aprovaram a criação de uma subcomissão permanente de proteção do pantanal. O objetivo é estudar medidas preventivas, de recuperação da região degradada e de combate ao desmatamento e aos incêndios florestais. O bioma enfrenta o pior período de queimadas desde a década de 1990, com a devastação de 22% da área e a maior seca da história recente. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.

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