CDR inicia ciclo de debates: "O SUS como instrumento de redução das desigualdades sociais e regionais" — Rádio Senado
Desenvolvimento Regional

CDR inicia ciclo de debates: "O SUS como instrumento de redução das desigualdades sociais e regionais"

A Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo iniciou um novo ciclo de audiências nesta segunda-feira (02) com o debate "O SUS como instrumento de redução das desigualdades sociais e regionais". Os especialistas ouvidos disseram que o programa é fundamental para a redução de desigualdades ao garantir tratamento para pessoas de todas as faixas de renda. Para especialistas, o desafio no pós-pandemia será atender à demanda de atendimentos de doenças que ficaram menos assistidas durante a crise sanitária.

03/08/2021, 08h41 - ATUALIZADO EM 03/08/2021, 08h46
Duração de áudio: 02:34
gov.br

Transcrição
LOC: O SUS TEM PAPEL FUNDAMENTAL NA REDUÇÃO DE DESIGUALDADES AO GARANTIR TRATAMENTO PARA PESSOAS DE DIFERENTES FAIXAS DE RENDA EM TODO O PAÍS. LOC: O DESAFIO NO PÓS-PANDEMIA, SEGUNDO ESPECIALISTAS OUVIDOS NA CDR, SERÁ ATENDER À DEMANDA REPRIMIDA DECORRENTE DA CRISE SANITÁRIA. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. Cerca de 160 milhões de brasileiros dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde, mas mesmo quem não usa diretamente o programa se beneficia, pois ele é responsável pelas campanhas de vacinação, que atingem a todos, e ainda pela vigilância sanitária. Mais importante que isso, afirma Leonardo Vilela, representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o SUS tem impacto na redução de desigualdades sociais e regionais, e funciona como um grande programa de distribuição indireta de renda, ao poupar as famílias, principalmente as mais pobres, de altos gastos hospitalares. (Leonardo Vilela) Eu não tenho dúvida, além de ser um sistema único de saúde, público, gratuito, ele é o maior programa social e de distribuição de renda do governo federal. Vou dar o exemplo dos Estados Unidos. Os casos de saúde nas famílias americanas são dramáticos. Levam a uma situação de falência de famílias, o que o SUS evita, na grande maioria das vezes, que isso aconteça no Brasil. E muitas vezes as pessoas estão tão acostumadas com o SUS que não se apercebem percebem disso. Renata Costa, diretora de Saúde da Família, lembrou que o Ministério da Saúde tem coordenações específicas para garantir atendimento prioritário aos grupos mais vulneráveis. Ela disse que um dos principais desafios no pós-pandemia será o volume de atendimentos acumulados.   (Renata Costa) Temos consciência de que o pós-pandemia nos traz muitos desafios pela frente. Temos os sintomas persistentes da covid, com problemas respiratórios, psicossociais, mas nós temos também uma demanda reprimida, que ao enfrentarmos a covid muitos agravos inclusive crônicos, ficaram de fato menos assistidos, e a gente vai ter que pagar essa conta mais adiante.  O presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional, senador Fernando Collor, do PROS de Alagoas, lembrou que a vacinação só chega aos lugares mais distantes devido à capilaridade do SUS. (Fernando Collor) Não fosse o SUS, como nós poderíamos imaginar que as populações de regiões mais carentes, mais distantes do centro-sul do País, como elas poderiam estar sendo atendidas? É preciso que nós paremos um pouco e imaginemos com essa reflexão a importância fundamental, vital que o SUS exerce não somente na saúde da população brasileira como na diminuição das desigualdades regionais. Os debatedores pediram apoio aos senadores para garantir recursos para fortalecer o Sistema Único de Saúde, em especial na atenção primária à saúde. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso.

Ao vivo
00:0000:00