CDR: Brasil tem potencial para dobrar áreas irrigadas, aumentando produção sem prejuízo para meio ambiente — Rádio Senado

CDR: Brasil tem potencial para dobrar áreas irrigadas, aumentando produção sem prejuízo para meio ambiente

Especialistas disseram, em debate na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), que o Brasil tem potencial para dobrar as áreas agrícolas irrigadas e, com isso, aumentar a produtividade e melhorar a qualidade dos bens produzidos sem uso de novas áreas, além de regular preços e combater desigualdades. Um dos maiores desafios, no entanto, é a prioridade do uso dos recursos hídricos voltada para a geração de energia elétrica.

13/07/2021, 16h18 - ATUALIZADO EM 13/07/2021, 16h24
Duração de áudio: 02:11
agricultura.pr.gov.br

Transcrição
LOC: O BRASIL TEM POTENCIAL PARA DOBRAR SUAS ÁREAS IRRIGADAS, AUMENTANDO A QUANTIDADE E A QUALIDADE DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA, SEM PREJUÍZOS PARA O MEIO AMBIENTE. LOC: UM DOS MAIORES GARGALOS, SEGUNDO ESPECIALISTAS OUVIDOS NA COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL DO SENADO, É A DEPENDÊNCIA DA ENERGIA HIDRELÉTRICA. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. As áreas agrícolas irrigadas correspondem, mundialmente, a 17% do total, mas são responsáveis por 40% de toda a produção global de alimentos. Especialistas disseram, em debate na Comissão de Desenvolvimento Regional do Senado, que além de aumentar a produtividade e melhorar a qualidade dos bens produzidos sem uso de novas áreas, ou seja, sem prejuízos para o meio ambiente, a irrigação é capaz de regular preços e combater desigualdades. No entanto, o Brasil usa menos da metade de sua capacidade de irrigação, lembra Jordana Girardello, representante da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, pois a prioridade do uso dos recursos hídricos é a geração de energia elétrica. Hoje, a reservação de água para irrigação não é tida como interesse social e utilidade pública; apenas para geração de energia e para saneamento básico. Então, um importante ponto é considerar, sim, reservação de água como uma importância nacional, porque ela vai garantir a produção de alimentos, regularizando diversos rios e trazendo o que o sistema precisa, que é segurança hídrica, aliada à segurança alimentar. O presidente da comissão, Fernando Collor, do PROS de Alagoas, concordou com a importância de dar prioridade para a irrigação e defendeu a ampliação de energias alternativas para liberar os recursos hídricos para a agropecuária. Que seja dado a esse tema da irrigação uma importância maior do que aquela que vem sendo dada ao longo dos anos. Se criar uma secretaria especial para tratar do processo de irrigação e uma secretaria que pudesse complementar o seu trabalho com os diversos outros ministérios. Na questão da energia elétrica, por exemplo, hoje, já faz parte da matriz energética brasileira a energia eólica e a energia solar, evitando assim que haja essa utilização desmesurada das nossas bacias hidrográficas. Os debatedores pediram ainda a votação de propostas em análise no Congresso que tornam de interesse social as represas voltadas para irrigação e criação de animais, criam incentivos para fontes alternativas de energia e recriam descontos na conta de luz para a área rural. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso.

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