Em Plenário, especialistas defendem ensino integral e prova no pós-pandemia — Rádio Senado
Educação

Em Plenário, especialistas defendem ensino integral e prova no pós-pandemia

O Senado realizou nesta segunda-feira (12) Sessão de Debates Temáticos sobre os principais desafios da educação agravados pela pandemia. A autora do requerimento, senadora Leila Barros (PSD-DF), lamentou que mais de 6 milhões de alunos estejam sem estudar. Já a senadora Zenaide Maia (Podemos-RN) defendeu o ensino em tempo integral como forma de melhorar o rendimento e diminuir índices de violência. 

12/07/2021, 18h39 - ATUALIZADO EM 12/07/2021, 18h39
Duração de áudio: 02:46
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
ESPECIALISTAS EM EDUCAÇÃO DEFENDEM PROVA PARA MEDIR CONHECIMENTOS DOS ALUNOS NO PÓS-PANDEMIA E EXPANSÃO DO ENSINO INTEGRAL. O DEBATE TEMÁTICO NO PLENÁRIO DO SENADO FOI A PEDIDO DA SENADORA LEILA BARROS, QUE DEFINIU A SITUAÇÃO COMO PREOCUPANTE. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA O Senado promoveu nesta segunda-feira uma sessão de debates temáticos sobre os principais desafios para a educação no pós-pandemia. O secretário de Educação Básica do MEC, Mauro Rabelo, anunciou a criação de uma avaliação para medir o conhecimento dos alunos e orientar o retorno às aulas, marcado para agosto. Nós estamos preparando uma oferta de avaliação diagnóstica para todas as séries e áreas de conhecimento, desde o segundo ano do ensino fundamental até o terceiro ano do ensino médio, para ofertar para as redes de pronto, ter uma avaliação com algum feedback de partida principalmente para quem ainda não retornou. Para a presidente da Associação Nacional de Educação Básica Híbrida, Maria Inês Fini, essa avaliaçao é imprescindível, ao considerar que o conteúdo ensinado a distância precisa ser retomado na volta às aulas de maneira presencial.  Nós vamos começar agosto com um grande dever. Nós temos que saber de maneira personaizada por uma boa avaliação disnóstica o que falta para nós para gente recompor. Agora não vamos fazer isso em um semestre, gente. Temos que pensar nisso para 2022 e 2023.  Já a diretora do Instituto Sonho Grande, Ludmila Serpa,  defendeu a expansão do ensino em tempo integral para ampliar o rendimento dos alunos e reduzir o abandono escolar. Para a senadora Zenaide Maia, do PROS do Rio Grande do Norte, o ensino integral ainda tem como vantagem a redução da violência.  Tem alguma maneira de se botar o ensino integral sem aumentar os recursos da educação? Nós não reduzimos só o impacto da pandemia com o ensino integral, nós reduzimos a violência, gente.  Autora do requerimento de realização do debate, a senadora Leila Barros, do PSB do Distrito Federal, destacou  que uma série de problemas na educação seguem sem solução.  Só em pensar que mais de 6 milhões de crianças e jovens estão sem estudar ou sem nenhum tipo de atividade em casa é muito preocupante. Muitos concluíram o ensino médio, com um ano muito difícil, já entram no mercado de trabalho, então como resgatá-los? Então realmente fica uma grande reflexão dessa audiência aqui. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Sonho Grande demonstrou que 33% dos estudantes não assistem às videoaulas e 23% só participam até a primeira hora. Eles também se queixam de desafios como sobrecarga, falta de concentração, problemas de conexão, e alegam não se sentirem confortáveis no ambiente domiciliar para se dedicarem aos estudos. 

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