CPI ouvirá testemunhas sobre propina e contrato da vacina indiana — Rádio Senado
CPI da Pandemia

CPI ouvirá testemunhas sobre propina e contrato da vacina indiana

Os senadores da CPI da Pandemia ouvem nesta semana a representante da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, sobre irregularidades no contrato da vacina indiana covaxin. Também prestarão depoimento o reverendo Amilton de Paula e o ex-assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Marcelo Blanco, sobre denúncias de cobrança de propina. 

12/07/2021, 13h55 - ATUALIZADO EM 12/07/2021, 13h55
Duração de áudio: 02:40
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
OS DEPOIMENTOS DA CPI DA PANDEMIA DESTA SEMANA VÃO FOCAR NA DENÚNCIA DE PROPINA PARA A COMPRA DA ASTRAZENECA E NAS SUPOSTAS IRREGULARIDADES NO CONTRATO DA VACINA INDIANA. OS INTEGRANTES DA COMISSÃO ESPERAM QUE O PRESIDENTE DO SENADO FAÇA A LEITURA DO PEDIDO DE PRORROGAÇÃO DOS TRABALHOS POR MAIS 90 DIAS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Nesta terça-feira, será ouvida a diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, que enviou e-mails para o Ministério da Saúde “corrigindo” falhas nas notas fiscais para compra da vacina indiana covaxin. Entre os erros estavam o preço maior, o pagamento antecipado para uma terceira empresa com sede em paraíso fiscal e a responsabilidade do governo pelo frete e seguro do imunizante. Na quarta-feira, prestará depoimento o presidente da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários, Amilton de Paula, que teria intermediado a oferta de 400 milhões de doses da Astrazeneca. Na quinta-feira, os senadores vão ouvir o ex-assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Marcelo Blanco, sobre a denúncia da cobrança de propina. O militar não só agendou como participou do encontro de Luiz Dominguetti e o ex-diretor de Logística, Roberto Dias. O senador Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, reiterou que não há irregularidades em nenhuma das negociações ao citar a compra direta da Astrazeneca e a suspensão do contrato da covaxin. Você não pode partir de uma premissa de que houve fraude ou tentativa de fraude sem que você tenha um mínimo de evidências. Até agora eu não vi nenhuma evidência que aponte nessa direção nesse processo. Se houve algo, foi fora. E mais do que isso, falar em fraude, falar em crime em um processo em que não houve a entrega de uma dose de vacina, não houve pagamento de 1 centavo de Real, é forçar a barra em cima de algo que não existe. Os integrantes da CPI da Pandemia esperam uma decisão nesta semana sobre a prorrogação dos trabalhos por mais 90 dias. O senador Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, antecipou que a CPI continuará funcionando no recesso parlamentar para a análise de documentos. A prorrogação da CPI é uma necessidade. Já foi apresentado o requerimento com as assinaturas necessárias e o presidente Rodrigo Pacheco deverá fazer a leitura desse requerimento e é automática a prorrogação e espera-se que ainda nesta semana. A prorrogação será possível, caso a decretação do recesso seja feita pelo presidente Rodrigo Pacheco, será possível que a CPI continue pelo menos administrativamente funcionando na análise de documentos e quebras de sigilo que chegaram em grandes quantidades. O pedido de prorrogação da CPI da Pandemia foi entregue com 34 assinaturas, 7 a mais do que o mínimo necessário. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ainda precisa fazer a leitura do requerimento em Plenário. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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