CPI vai ouvir denunciante de pedido de propina na venda de vacinas — Rádio Senado
CPI da Pandemia

CPI vai ouvir denunciante de pedido de propina na venda de vacinas

A CPI da Pandemia aprovou dezenas de convocações, entre elas, a de Luiz Paulo Dominguetti, que denunciou a cobrança de propina na compra da AstraZeneca, e do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR). A CPI quebrou os sigilos do ex-ministro Eduardo Pazuello, de representantes da Precisa Medicamentos, além de pessoas ligadas ao chamado gabinete do ódio que propagaram fake news.

30/06/2021, 19h20 - ATUALIZADO EM 01/07/2021, 07h42
Duração de áudio: 02:56
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
CPI DA PANDEMIA APROVA CONVOCAÇÃO DE REPRESENTANTE DE EMPRESA QUE DENUNCIOU COBRANÇA DE PROPINA NA COMPRA DE VACINAS. SENADORES TAMBÉM QUEBRAM SIGILOS DO EX-MINISTRO DA SAÚDE E DE EX-SECRETÁRIO ACUSADO DE NEGOCIAR O PAGAMENTO POR FORA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. A CPI da Pandemia vai ouvir nesta sexta-feira o representante da empresa Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti, que denunciou a cobrança de propina na compra da vacina  Astrazeneca. Prestará depoimento na próxima quarta-feira o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, que teria cobrado US$ 1 por cada uma das 400 milhões de doses em negociação. Na terça-feira, voltará à CPI o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que revelou as irregularidades na compra da covaxin, e na quinta-feira, será a vez do líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), que teria indicado Roberto Dias e outros servidores do Ministério da Saúde que teriam pressionado pela aquisição do imunizante indiano, mais caro, sem liberação da Anvisa e com intermediários. O senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, rebateu os argumentos do governo da inexistência de irregularidades nesses contratos. Pouco importam a essa altura as versões, as narrativas que o governo está fazendo de que era uma empresa “golpista”, o convocado para sexta-feira não é representante da empresa. O fato é que tem documentos que dão conta que houve tratativas com o Ministério da Saúde deste representante em nome da empresa ou não. E teve um encontro em um restaurante onde este depoente de sexta-feira diz que foi a achacado em um dólar por vacina. Este é o fato criminoso. É este fato que a CPI vai perseguir. Também foi aprovada a convocação de representantes da Precisa Medicamentos Túlio Silveira e Emanuela Medrades, além de servidores do Ministério da Saúde Marcelo Pires, Regina Célia, Thiago Fernandes e Rodrigo Lima. Todos vão falar sobre a compra da covaxin, assim como o embaixador do Brasil em Nova Delhi, André Aranha. O senador Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, destacou a exoneração de Roberto Dias e a anulação de contrato para a compra da covaxin. Ele negou a cobrança de propina. Essa pessoa representa realmente a empresa? Se representa, deve vir prestar depoimento e apresentar as evidências, as provas. E se alguém realmente agiu em nome do governo para solicitar vantagem indevida que seja feita a devida apuração e que arque com as consequências. Nesse governo, diferente do governo passado, ninguém quer jogar nada debaixo do tapete não. Se tiver algum tipo de conduta ilegal é tolerância zero à corrupção.   Os integrantes da CPI também aprovaram a quebra de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello; do ex-secretário de Logística Roberto Dias, de representantes da Precisa Medicamentos, além de pessoas ligadas ao chamado gabinete do ódio que propagaram fake News, a exemplo do blogueiro Allan do Santos. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

Ao vivo
00:0000:00