Especialistas alertam que falta dinheiro para universalizar saneamento até 2033 — Rádio Senado
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Especialistas alertam que falta dinheiro para universalizar saneamento até 2033

Especialistas alertaram na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo que faltam recursos para atingir a meta de universalização do saneamento até 2033. Em debate nesta segunda-feira (28), o presidente do colegiado, Fernando Collor (PROS-AL), lembrou ainda que apesar da média nacional de fornecimento de água tratada ser de 83,7%, a diferença na distribuição espelha a desigualdade histórica que atravessa as regiões, caindo para 73,9% no Nordeste e 57,5% na região Norte.

28/06/2021, 23h32 - ATUALIZADO EM 28/06/2021, 23h45
Duração de áudio: 01:55
Agência Senado

Transcrição
LOC: A DIFERENÇA NA DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA TRATADA NO PAÍS ESPELHA A DESIGUALDADE HISTÓRICA QUE ATRAVESSA AS REGIÕES. LOC: NA COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL, ESPECIALISTAS ALERTARAM QUE FALTAM RECURSOS PARA ATINGIR A META DE UNIVERSALIZAÇÃO DO SANEAMENTO ATÉ 2033. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. A média de brasileiros com acesso à água tratada, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, é de 83,7%. O presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional, Fernando Collor, do PROS de Alagoas, chamou atenção, no entanto, para a desigualdade na distribuição. Fernando Collor -Enquanto na Região Sudeste, o índice registrado é de 91,1%, na região Nordeste, ele diminui para 73,9%; no Norte, alcança apenas 57,5%. (Repórter) O representante da Agência Nacional de Águas, Carlos Motta, disse que o marco regulatório do saneamento, aprovado em 2021, trouxe avanços como estipular um prazo final – 2033 – para levar os serviços de água e esgoto à toda a população. (Carlos Motta) Os números nossos são vergonhosos, hoje, de cobertura do Brasil, e, hoje, a lei trouxe uma meta clara: em 2033, nós temos um alvo, sabemos aonde queremos chegar, e isso, para nível de país, é muito importante, a gente fazer todos, numa mesma direção, conseguirem perseguir o mesmo alvo. (Repórter) Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, que pediu o debate, se mostrou preocupado com a viabilidade da meta e com as verbas alocadas para alcançá-la. Marcus Vinícius Fernandes, presidente da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento, disse que faltam recursos para chegar ao objetivo, e que a universalização só virá se o poder público e as empresas andarem de mãos dadas. (Marcus Vinícius Fernandes) Eu diria que há escassez. Nenhum setor sozinho, nem o setor privado só nem o setor público só resolvem o problema. Não se resolve política pública delegando atribuição ao setor privado. Quem tem que tomar conta da política pública de saneamento tem que ser o governo federal, estadual, municipal, dentro das suas atribuições. (Repórter) Izalci pediu ainda mais atenção às ocupações irregulares perto de nascentes, ao despejo de esgoto não tratado em rios e ao desperdício de água na rede de distribuição. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso.

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