Aos senadores, Guedes confirma imposto sobre dividendos e reajuste de isenção do IR

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LOC: EM REUNIÃO NA COMISSÃO DA COVID, GUEDES DEFENDE QUE TRIBUTAR DIVIDENDOS É UMA NECESIDADE E ALÍQUOTA DE 20% É MODERADA. LOC: PARA SENADORES, A TAXAÇÃO VAI TRAZER MAIS JUSTIÇA FISCAL JÁ QUE IMPOSTO DIRETO SOBRE A RENDA BENEFICIA APENAS OS MAIS RICOS. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA (Repórter) O ministro da economia, Paulo Guedes, se reuniu com os membros da comissão que acompanha as ações de enfrentamento à pandemia. Guedes deu detalhes da proposta da segunda fase da reforma tributária, entregue nesta sexta-feira ao Congresso Nacional. O texto eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para aqueles que ganham até 2 mil e quinhentos reais. Hoje, só é beneficiado quem recebe até mil e novecentos reais. Com a mudança, o número de pessoas isentas vai saltar de 8 milhões para 16 milhões. O projeto também prevê a tributação dos chamados dividendos, o lucro das empresas recebidos por pessoas físicas. A alíquota vai ser de 20%, com faixa de isenção de até 20 mil reais por mês. Para a senadora Zenaide Maia, do PROS do Rio Grande do Norte, o Governo acerta ao promover mais equilíbrio no pagamento de impostos entre os mais ricos e os mais pobres. (Zenaide Maia) Justiça fiscal é uma coisa que anima, porque o mundo... Dificilmente existe um país que não taxa lucros e dividendos, e acho que está na hora de fazer a Justiça fiscal. Não é justo que o trabalhador que ganha R$1.905 pague Imposto de Renda. (Repórter) Já o senador Styvenson Valentim, do Podemos do Ri Grande do Norte, ponderou que a taxação de lucros e dividendos pode desestimular, ainda mais, os investimentos no país. (Styvenson Valentim) Mas essa tributação de dividendos não poderia provocar um menor interesse das pessoas físicas em investir na nossa bolsa, uma vez que nosso mercado ainda é tímido, se comparado com outros países, como os Estados Unidos? A população ainda investe pouco. (Repórter) Durante a reunião, Guedes reforçou que caso haja uma terceira onda da pandemia, o Governo irá estender o pagamento do auxílio emergencial, hoje previsto para ser pago até outubro. (Paulo Guedes) Quem dirige o auxílio emergencial é a pandemia. Se a pandemia continuar fora de controle, em setembro, outubro, novembro, vamos ter que renovar de novo o auxílio emergencial, mas não é a expectativa no momento. Nas palavras do Ministro Queiroga, num ambiente de controle da pandemia. (Repórter) O ministro da economia disse, ainda, que não há fonte de financiamento para retomar o auxílio emergencial e 600 reais. E acrescentou que o Governo não trabalha com a possibilidade de racionamento de energia, e que a falta de luz durante a pandemia seria “uma crise terrível”.