CPI da Pandemia aprovou novas convocações, quebras de sigilos e pedidos de informações — Rádio Senado
CPI da Pandemia

CPI da Pandemia aprovou novas convocações, quebras de sigilos e pedidos de informações

A CPI da Pandemia aprovou mais de 50 requerimentos entre convocações e quebras de sigilo. O senador Marcos Rogério (DEM-RO) minimizou o depoimento do servidor do Ministério da Saúde sobre pressões para a compra da vacina indiana. Já o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) destacou a diligência para ouvir em sessão secreta o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

23/06/2021, 14h22 - ATUALIZADO EM 23/06/2021, 14h22
Duração de áudio: 02:46
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A CPI DA PANDEMIA APROVOU NOVAS CONVOCAÇÕES, QUEBRAS DE SIGILOS E PEDIDOS DE INFORMAÇÕES. LOC: A COMISSÃO DECIDIU OUVIR NESTA SEXTA-FEIRA SERVIDOR DO MINISTÉRIO DA SAÚDE SOBRE COMPRA DA VACINA INDIANA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) Os senadores decidiram quebrar os sigilos de sete organizações sociais ligadas à saúde do Rio de Janeiro e de onze empresas de Carlos Wizard, investigado por participar do suposto gabinete paralelo. Entre as convocações aprovadas estão a da assessora do Palácio do Planalto, Thais Moura, e as de representantes do Facebook, Google e Twitter, que serão questionados sobre postagens do presidente Bolsonaro relacionadas à pandemia. Além da convocação, a CPI também aprovou a quebra dos sigilos do ex-assessor do Ministério da Saúde, na gestão de Eduardo Pazuello, Alex Marinho. O militar teria pressionado pela compra da covaxin. A CPI já constatou a celeridade no processo de aquisição da vacina indiana, por meio de intermediários, mesmo sem a autorização da Anvisa e por um valor mais caro. A denúncia foi feita pelo servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo, que prestará depoimento à CPI na sexta-feira junto com o irmão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que teria alertado o presidente Bolsonaro sobre irregularidades neste contrato. O senador Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, afirmou que o governo não teme essas investigações. (Marcos Rogério) Defendemos a investigação completa, sem seletividade. Nunca impedimos que se investigassem. Em relação à Pfizer e aos outros laboratórios, todos obedeceram a um processo e no final tivemos a contratação das vacinas. As vacinas estão chegando. O Brasil está vacinando. (Repórter) O sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, que teria intermediado a compra da vacina indiana, será ouvido nos próximos dias. A CPI também aprovou uma diligência com o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. O senador Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, lembrou que Witzel interrompeu o depoimento alegando que teria revelações a fazer numa sessão secreta. (Alessandro Vieira) Esta CPI recebeu uma declaração muito objetiva de que existiriam fatos gravíssimos que só seriam possíveis de revelação em uma diligência, em uma situação reservada. Não dar seguimento a isso significa tentar evitar a apuração de fatos potencialmente graves. (Repórter) A CPI também aprovou um pedido de auditoria do Tribunal de Contas da União sobre gastos públicos com a motociata do presidente Bolsonaro em São Paulo. E solicitou a diversos ministérios informações sobre as ações do governo relacionadas à pandemia junto a comunidades quilombolas e indígenas e a respeito da compra e do calendário de distribuição de vacinas.

Ao vivo
00:0000:00