Ministro defende investimento em saneamento e segurança hídrica como solução para desigualdades
O ministro Rogério Marinho defendeu nesta segunda-feira (21/06) o investimento em saneamento e segurança hídrica como solução para combater desigualdades, em debate na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo. O presidente da Confederação Nacional da Indústria apontou que com a Transposição do Rio São Francisco, já é possível apontar um deslocamento de fábricas para as regiões Norte e Nordeste. Esse foi o primeiro de um novo ciclo de debates da CDR, com foco nos desafios do Desenvolvimento Regional.
Transcrição
LOC: A SOLUÇÃO PARA COMBATER DESIGUALDADES HISTÓRICAS ESTÁ NO SANEAMENTO E NA SEGURANÇA HÍDRICA, DIZ ROGÉRIO MARINHO EM DEBATE NO SENADO.
LOC: O MINISTRO PARTICIPOU DA ABERTURA DE UM NOVO CICLO DE AUDIÊNCIAS NA COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E TURISMO. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.
(Repórter) Um dos maiores desafios para tornar o Brasil menos desigual é romper ciclos históricos de atrasos em infraestrutura, saneamento e habitação. O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, lembrou que a participação do Nordeste no PIB brasileiro é de cerca de 15% há praticamente 90 anos. Ele acredita que o caminho para sair desse gargalo é pela água.
(Rogério Marinho) A segurança hídrica propiciada pela oferta da água de qualidade e com regularidade permite que se estabeleça o que eu denomino de pacto civilizatório. Porque a água é que permite que as populações tenham acesso a uma saúde de qualidade, à diminuição da mortalidade infantil, à instalação da indústria e do comércio, que geram emprego, renda e oportunidade, à agricultura irrigada.
(Repórter) Robson Braga, presidente da Confederação Nacional da Indústria, confirmou o diagnóstico. Ele revelou que a Transposição do Rio São Francisco já teve como consequência um efeito migratório em fábricas e empresas de tecnologia.
(Robson Braga) Uma recente pesquisa que a CNI realizou mostra que já começa a haver um movimento de indústrias se deslocando do Sul e do Sudeste para a região norte e nordeste do Brasil. É um movimento inicial, pequeno ainda, mas que tem refletido principalmente em estados como Bahia, Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará.
(Repórter) O presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional, Fernando Collor, do PROS de Alagoas, disse que com a vacinação e a retomada das atividades, a economia já mostra sinais de recuperação. Mas que é preciso aproveitar esse impulso para levar crescimento a todas as partes do País.
(Fernando Collor) Mais do que simplesmente crescer, é preciso crescer com qualidade e crescer com propósito. É imperativo converter o dinamismo produtivo em convergência socioeconômica, viabilizando a equidade no acesso a oportunidades, sobretudo em regiões que registram, comparativamente, indicadores econômicos insatisfatórios. Nessas localidades, é preciso forjar caminhos que levem, cumulativamente, ao crescimento econômico, à geração de renda e à melhoria da qualidade de vida da população.
(Repórter) Lasier Martins, do Podemos gaúcho, lembrou que as desigualdades não estão restritas ao norte e nordeste do País. Ele pediu apoio para a metade sul de seu estado, predominantemente agrícola, que enfrenta uma crise econômica sem precedentes.