Queiroga e Pazuello passarão de testemunhas a investigados pela CPI — Rádio Senado
CPI da Pandemia

Queiroga e Pazuello passarão de testemunhas a investigados pela CPI

O relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros (MDB-AL) anunciou que catorze pessoas passam à condição de investigadas. Entre elas, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o ex-ministro Eduardo Pazuello. O relator antecipou que a CPI considera investigar diretamente o presidente da República. Mas o senador Marcos Rogério (DEM-RO), questionou a decisão argumentando que não foi analisada pela Comissão.  

18/06/2021, 19h56 - ATUALIZADO EM 18/06/2021, 19h56
Duração de áudio: 02:26
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: RELATOR DA CPI DA PANDEMIA PEDE À COMISSÃO QUE TRANSFORME EM INVESTIGADAS QUATORZE PESSOAS, ENTRE ELAS, O MINISTRO DA SAÚDE E ASSESSORES. LOC: SENADORES ALIADOS AO GOVERNO QUESTIONAM A DECISÃO UNILATERAL DO COMANDO DA CPI. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: O relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, anunciou que catorze pessoas passam a ser consideradas investigadas e não mais testemunhas. Na lista estão o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; o ex-ministro Eduardo Pazuello; o ex-secretário-executivo, Elcio Franco; o ex-chanceler Ernesto Araújo; o ex-assessor da Presidência da República, Arthur Weintraub; e o ex-secretário de Comunicação, Fábio . Também estão nesta condição a coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Francieli Fantinato; os secretários do Ministério da Saúde, Hélio Neto e Mayra Pinheiro; a médica Nise Yamaguchi, o virologista Paolo Zanotto, o anestesista Luciano Azevedo, o ex-secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêllo, e o empresário Carlos Wizard. Renan Calheiros argumentou que os depoimentos prestados por alguns deles e os documentos que estão de posse da CPI permitem essa mudança. O relator comentou que a Comissão está considerando a possibilidade de investigar diretamente o presidente da República. (Renan) Se a Comissão Parlamentar de Inquérito puder diretamente investigar o presidente da República, já que a vedação é uma vedação para o não comparecimento para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito, não é uma óbvia vedação à investigação. Se a competência favorecer a investigação eu queria diante mão dizer que nós vamos investigar sim. Se não podemos trazê-lo para depor, mas poderemos fazer perguntas por escrito como em muitas circunstâncias. REP: O senador Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, questionou a decisão do relator. (Marcos) O que está norteando os trabalhos da CPI são as reuniões secretas do G7, não os requerimentos votados no âmbito da CPI. Não votamos requerimento ou relatório parcial que aponta alguém como indiciado, como investigado. Não! Não fizemos, mas o relator vem aqui e diz que são investigados. Ora, ele está mais poderoso do que os juízes nos tribunais. REP: Na prática, o relator considera que há indícios da prática de crimes pelos investigados. E poderá pedir o indiciamento de todos eles ao Ministério Público no final da CPI. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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