Debatedores defendem investimento em pesquisa para expandir agricultura sustentável
A Comissão Senado do Futuro debateu nesta sexta-feira (11) as perspectivas da produção agrícola no país com a participação de representante da Abramilho e da Embrapa. Os pesquisadores apontam que o Brasil precisa garantir expansão agrícola sem comprometer a biodiversidade para manter protagonismo no sistema alimentar global.

Transcrição
LOC: COMISSÃO SENADO DO FUTURO DEBATE AS PERSPECTIVAS DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO PAÍS.
LOC: PESQUISADOR APONTA QUE O BRASIL PRECISA GARANTIR EXPANSÃO AGRÍCOLA SEM COMPROMETER A BIODIVERSIDADE PARA CONTINUAR O MAIOR PRODUTOR MUNDIAL. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA.
(Repórter) Erradicar a pobreza, garantir boa nutrição para a população, aumentar o uso de energia limpa, diminuir o desperdício de alimentos e de água, reduzir a emissão de gases que promovem o aquecimento global. Esses são alguns dos pilares defendidos pelo pesquisador da Embrapa, Maurício Lopes, para que o país consiga garantir a expansão agrícola sem comprometer a biodiversidade. Para ele, a vantagem é que o Brasil já está na liderança mundial da produção sustentável no campo.
(Maurício Lopes) A boa notícia é que o Brasil tem avançado muito no aprofundamento da sua agenda ambiental. O Brasil talvez seja o grande líder no mundo no desenvolvimento de uma agenda ambiental robusta. Que país no mundo tem um código florestal que permite a expansão inteligente e planejada da agricultura nas propriedades privadas com atenção à agua, com atenção à biodiversidade? Que país no mundo tem agricultura de baixo carbono? Rep: Já o presidente da Abramilho, Alysson Paolinelli, destacou a necessidade de investir em tecnologia e fortalecer a pesquisa científica para buscar soluções mais naturais para o setor agrícola e aumentar a oferta de alimentos para o mundo.
(Alysson Paolinelli) Compete ao Brasil crescer e colocar à disposição da sociedade mundial dois terços a mais na oferta de alimentos que hoje temos, tarefas que só as tecnologias atenderão perfeitamente essa demanda sem precisar desmatar um hectare sequer ou derrubar uma árvore.
(Repórter) O presidente da Comissão, Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, reconheceu que o investimento em ciência e tecnologia ainda não é prioridade para o país.
(Izalci Lucas) É uma luta difícil. Educação e ciência e tecnologia ainda é muito discurso, não tem prioridade nos recursos. E não basta ter recurso de vez em quando, você tem que ter regularidade.
(Repórter) Na mesma linha apresentada pelos pesquisadores que participaram do debate, a Organização das Nações Unidas estabeleceu uma agenda de desenvolvimento sustentável com planos de ação global que preveem o alcance de 17 objetivos até 2030, entre eles estão a agricultura sustentável, a água potável e a energia limpa e acessível.