Senado cria prêmio para estimular adoção tardia de crianças e adolescentes — Rádio Senado

Senado cria prêmio para estimular adoção tardia de crianças e adolescentes

O Senado aprovou nesta quarta-feira (09) a criação de um diploma para incentivar a adoção tardia. Pessoas ou instituições que desenvolvam atividades para estimular a adoção de crianças maiores de 3 anos ou adolescentes poderão concorrer ao Prêmio Adoção Tardia – Gesto Redobrado de Cidadania.

09/06/2021, 12h11 - ATUALIZADO EM 09/06/2021, 18h52
Duração de áudio: 02:09
Gerd Altmann/Pixabay

Transcrição
LOC: SENADO CRIOU UM DIPLOMA PARA INCENTIVAR A ADOÇÃO TARDIA. LOC: PESSOAS OU INSTITUIÇÕES QUE DESENVOLVAM ATIVIDADES PARA ESTIMULAR A ADOÇÃO DE CRIANÇAS MAIORES DE 3 ANOS PODERÃO PARTICIPAR DA PREMIAÇÃO. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA. (Repórter) O Prêmio Adoção Tardia – Gesto Redobrado de Cidadania será concedido anualmente pelo Senado Federal para cinco pessoas ou instituições que desenvolvam ações para estimular a adoção de crianças maiores de três anos de idade e adolescentes com irmãos, com deficiência, doença crônica ou necessidades específicas de saúde. Um conselho formado por parlamentares de todos os partidos políticos presentes no Senado vai analisar a documentação dos indicados a receber o diploma, que será entregue sempre no final de maio, quando é comemorado o Dia Nacional da Adoção. O autor do projeto, senador Fabiano Contarato, da Rede Sustentabilidade do Espírito Santo, afirma que o quadro de abandono familiar pode provocar o agravamento da situação socioeconômica dos jovens que atingem a maioridade em abrigos. (Fabiano Contarato) Há nos abrigos enorme contingente de crianças e adolescentes considerados mais velhas para a adoção. Muitos adotantes manifestam preferências ligadas à cor da pele, ao estado de saúde e ao sexo biológico dos adotandos. O efeito desse quadro de abandono social e familiar se revela, anos mais tarde, também no agravamento da situação socioeconômica enfrentada por jovens que atingiram a maioridade sem ter família. (Repórter) Dados do Cadastro Nacional de Adoção apontam que em 2019 havia 47 mil crianças acolhidas pelo estado e 9 mil aptas para adoção, apesar de mais de 45 mil pessoas estarem interessadas em adotar. Os números de 2020 mostram que 13% dos pretendentes queriam apenas crianças brancas, outros 61% não aceitavam acolher irmãos. Por outro lado, 66% das crianças abrigadas são pardas e negras, 85% delas tem mais de três anos de idade e 54% têm irmãos. PRS 35/2021

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