CPI convoca auditor do TCU que forjou documento para reduzir número de mortos por covid — Rádio Senado
CPI da Pandemia

CPI convoca auditor do TCU que forjou documento para reduzir número de mortos por covid

A CPI da Pandemia aprovou a convocação do deputado Osmar Terra (MDB-RS) e do auditor do Tribunal de Contas da União, Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, responsável por um parecer que aponta pela supernotificação de mortes por covid-19. O senador Humberto Costa (PT-PE) destacou o fato de o presidente Bolsonaro continuar citando esse documento já desmentido pelo TCU. A CPI também aprovou a reclassificação de documentos. O relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), destacou que o governo envia informações com o carimbo de sigilosas, o que dificulta a investigação.  

09/06/2021, 21h56 - ATUALIZADO EM 09/06/2021, 22h24
Duração de áudio: 03:04
Reprodução / Redes Sociais

Transcrição
LOC: A CPI DA PANDEMIA DECIDE CONVOCAR AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO QUE INSINUA SUPERESTIMATIVA DE MORTES PELA COVID-19. LOC: A COMISSÃO DECIDE RECLASSIFICAR O SIGILO DE DOCUMENTOS PARA TER ACESSO ÀS INFORMAÇÕES JÁ APRESENTADAS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN TEC: Os integrantes da CPI da Pandemia aprovaram a convocação do deputado federal Osmar Terra, do MDB do Rio Grande do Sul, para falar sobre o gabinete paralelo. O parlamentar é defensor do tratamento precoce e da imunidade natural de rebanho, o que dispensaria a vacinação. Também serão ouvidos o secretário de Comunicação Institucional da presidência da República, Felipe Cruz; o ex-secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco de Araújo Filho; o técnico responsável pelo desenvolvimento do aplicativo TrateCov, o empresário José Alves filho e o presidente da Apsen Farmacêutica, Renato Spallicci. Também foi convocado o auditor do Tribunal de Contas da União, Alexandre Marques. Ele seria o responsável por um relatório que aponta que apenas metade das mortes por covid-19 ocorreu pela doença. O documento destacaria que os repasses do governo federal para estados e municípios são feitos de acordo com o número de óbitos e contaminados e que por isso, haveria uma supernotificação de mortes. O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, lamentou o uso por parte do presidente Bolsonaro de um documento já desmentido pelo TCU. (Humberto) O que ele fez foi de uma extrema gravidade jogando responsabilidades nos governadores por uma espécie de super notificação de mortes, o que produz, sem dúvida, mais dificuldades no relacionamento dos estados com o governo federal. Ao mesmo tempo, é muito grave por desrespeito ao sofrimento de centenas de milhares de famílias que perderam seus entes queridos. REP: Os integrantes da CPI da Pandemia também aprovaram uma reclassificação de documentos. Segundo o relator, senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, o governo enviou informações com o carimbo de sigilosas, o que dificulta as investigações. Ele destacou que será mantido o sigilo de informações bancárias, fiscais e de assuntos de interesse do País e de segurança. (Renan) Esta Comissão Parlamentar de Inquérito, sob pena de prejudicar o aprofundamento da própria investigação, não pode concordar com a classificação ilegal, sem sustentação judicial, legal e formal para os sigilos que foram classificados. Então, queria pedir o apoio desta Comissão para nós reclassificarmos esses sigilos e deixarmos como sigilo apenas aquilo que a lei estabelece como sigilo. REP: A CPI também aprovou requerimentos de informações. Um deles sobre contratos de empresas ligadas à médica Nise Yamaguchi com o Ministério da Saúde. A Comissão também solicitou à Polícia Federal uma perícia no aplicativo TrateCov, que segundo o ex-ministro Eduardo Pazuello foi retirado do ar após ter sido hackeado. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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