Médica favorável à tratamento precoce vai explicar assessoria paralela ao governo — Rádio Senado
CPI da Pandemia

Médica favorável à tratamento precoce vai explicar assessoria paralela ao governo

A CPI da Pandemia vai ouvir nesta semana especialistas sobre o tratamento precoce e vacinação. Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a médica Nise Yamaguchi será questionada sobre o assessoramento paralelo e a tentativa de mudança da bula da cloroquina. Já o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Clovis Arns da Cunha, falará contra o tratamento precoce. Também foram convidados os médicos Paulo Porto de Melo e Francisco Eduardo Alves.Os senadores poderão discutir a ação conjunta de governadores no Supremo Tribunal Federal para não serem convocados pela CPI. 

31/05/2021, 13h27 - ATUALIZADO EM 31/05/2021, 13h27
Duração de áudio: 02:23
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: MÉDICOS FAVORÁVEIS E CONTRÁRIOS AO TRATAMENTO PRECOCE CONTRA A COVID-19 SERÃO OUVIDOS NESTA SEMANA PELA CPI DA PANDEMIA. LOC: ELES TAMBÉM SERÃO QUESTIONADOS SOBRE O GABINETE PARALELO, MUDANÇA DA BULA DA CLOROQUINA E VACINAÇÃO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN (Repórter) Com apenas dois dias de trabalho em função do feriado de quinta-feira, os integrantes da CPI da Pandemia vão ouvir especialistas nesta semana. Na terça-feira, prestará depoimento a médica oncologista e imunologista Nise Yamaguchi. Defensora do tratamento precoce, ela foi convidada pelo presidente Bolsonaro para integrar o comitê de crise na gestão do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, antecipou que a especialista será questionada sobre o assessoramento paralelo. (Randolfe Rodrigues) Sobre a doutora Nise, há suspeitas e ela foi citada em vários depoimentos como uma das integrantes do chamado gabinete paralelo. Alguns depoimentos dão conta inclusive que ela participou da elaboração da bula fake da cloroquina. Esse é o principal esclarecimento que a senhora Nise tem que trazer a esta CPI. (Repórter) Na quarta-feira, os quatro convidados vão discutir as medidas e os protocolos usados no combate à covid-19. A médica Zeliete Zambom deverá se manifestar sobre as ações que deveriam ter sido adotadas pelo governo e o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Clovis Arns da Cunha rejeita o uso de hidroxicloroquina. Já o médico Paulo Porto de Melo é contrário à obrigatoriedade da vacina alegando que os efeitos colaterais seriam piores do que a doença em si e o infectologista Francisco Eduardo Alves defendeu o tratamento precoce no SUS. O senador Eduardo Girão, do Podemos do Ceará, avalia que esses depoimentos serão esclarecedores. (Eduardo Girão) Se o relator e o presidente, o comando da CPI, que, para mim é totalmente parcial, intimida um lado quando interessa para eles. É um jogo praticamente de jogada ensaiada. Mas se deixarem os cientistas falarem, as pessoas vão tirar suas conclusões. Estados que têm adotado esse tratamento, o índice de morte por milhão é muito menor. Um caso típico é o do Amapá. (Repórter) Os integrantes da CPI da Pandemia também deverão discutir a ação conjunta no Supremo Tribunal Federal dos governadores convocados, que não querem comparecer na condição de testemunhas, mas de convidados.

Ao vivo
00:0000:00