Em sessão temática, setor de eventos debate veto de Bolsonaro a itens do programa emergencial — Rádio Senado
Sessão especial

Em sessão temática, setor de eventos debate veto de Bolsonaro a itens do programa emergencial

Senadores debateram com especialistas em sessão temática as estratégias para retomada do setor de eventos depois da pandemia.  Um programa emergencial para beneficiar trabalhadores da cultura e reduzir impactos da crise sanitária já foi aprovado pelo Congresso Nacional, mas vetado parcialmente pelo presidente da república. 

24/05/2021, 14h37 - ATUALIZADO EM 24/05/2021, 14h37
Duração de áudio: 02:44
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES DEBATEM COM GOVERNO E REPRESENTANTES DA CLASSE ARTÍSTICA NOVAS ESTRATÉGIAS PARA RETOMADA DO SETOR DE EVENTOS DEPOIS DA PANDEMIA. LOC: PROGRAMA EMERGENCIAL PARA BENEFICIAR TRABALHADORES DA CULTURA TEVE PARTE VETADA PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA. (Repórter) Antes da pandemia da covid-19, o setor de eventos representava 4% do PIB nacional, com 60 mil empresas e 7,5 milhões de empregos. Entre março e dezembro do ano passado, cultura e turismo registraram prejuízo de R$ 270 bilhões devido às suspensões de atividades artísticas e cancelamentos de viagens. Na sessão temática do Senado, o presidente da Associação Brasileira de Promotores de Eventos, Doreni Caramori, reforçou que a área cultural já está em colapso. (Doreni Caramori) O setor já está num colapso. A cada dia são milhares de empregos e centenas de empresas que são fechadas, ou por vontade do empreendedor ou por completa incapacidade de continuarem suas atividades. E esse cenário só piora e se intensifica ainda mais, à medida que os meses passam e a gente não consegue ter compensações ou medidas que nos mantenham vivos. (Repórter) O senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, destacou que ainda não há previsão da retomada dessas atividades. (Izalci Lucas) O setor de eventos, que inclui as empresas de hotelaria, os cinemas, as casas noturnas, as casas de espetáculos, além das empresas que promovem congressos, feiras e shows, foi o primeiro a parar as suas atividades durante a pandemia e será, seguramente, o último a retomá-las por completo. Não consigo pensar na economia brasileira em nenhum outro setor que tenha sido mais afetado pelo estado de calamidade pública. (Repórter) A senadora Daniella Ribeiro, do PP da Paraíba, pediu sensibilidade do governo. (Daniella Ribeiro) Ainda faltam obstáculos a gente atravessar. E eu queria muito encontrar um parceiro aqui no Governo, através do Ministério da Economia, para que possa olhar junto com todos aqueles que representam o setor de eventos, para que possamos fazer juntos essa matemática da sensibilidade e, assim, possamos ganhar todos nós, sem que nós precisemos passar por vetos, ou discussões de derrubadas de vetos, ou discussões maiores. (Repórter) O representante do Ministério do Turismo, Wilken Oliveira, afirmou que o governo está estudando novas soluções para o problema. (Wilken Oliveira) Nunca antes, a gente trabalhou tão junto. O setor está muito unido, o Ministério do Turismo está muito atuante junto com o setor também, estamos de portas abertas aqui. E, sempre, na maioria das nossas demandas, contamos com a parceria do Ministério da Economia. (Repórter) O Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, que permite o parcelamento de dívidas e cria indenizações para reduzir os impactos da crise sanitária aos trabalhadores da cultura, foi aprovado pelo Congresso Nacional em março. Mas o presidente Jair Bolsonaro vetou alguns artigos. PL 5638/2020

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