Ministro do Turismo defende retomada das atividades com medidas de isolamento — Rádio Senado
Audiência pública

Ministro do Turismo defende retomada das atividades com medidas de isolamento

O ministro do Turismo, Gilson Machado, defendeu nesta segunda-feira (5), em debate na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado, o  relaxamento de lockdowns e a retomada imediata das atividades, com medidas de isolamento e higiene. Na audiência, a primeira de um ciclo para debater a recuperação da atividade, representantes do setor hoteleiro destacaram as perdas sofridas com a paralisação e pediram apoio para sobreviver à pandemia.

11/05/2021, 08h43 - ATUALIZADO EM 11/05/2021, 08h43
Duração de áudio: 03:18
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: O MINISTRO DO TURISMO, GILSON MACHADO, DEFENDEU O RELAXAMENTO DOS LOCKDOWNS E A RETOMADA DAS ATIVIDADES, COM MEDIDAS DE ISOLAMENTO E HIGIENE. LOC: EM DEBATE NO SENADO, REPRESENTANTES DO SETOR HOTELEIRO DESTACARAM AS PERDAS SOFRIDAS COM A PARALISAÇÃO E PEDIRAM APOIO PARA SOBREVIVER À PANDEMIA. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. (Repórter) O turismo foi uma das atividades mais atingidas pela paralisação durante a pandemia, chegando a perder entre 50 e 60% de seu faturamento nos últimos 12 meses, acumulando um prejuízo de 290 bilhões de reais e fechando 397 mil postos de trabalho. Ana Biselli, presidente da Associação Brasileira de Resorts, lembrou que esse setor depende do movimento e não teve a opção de se reinventar como outros usando ferramentas virtuais como o teletrabalho e o delivery, e tem um alto custo de manutenção. (Ana Biselli) Quase 100% teve que fechar por algum período durante esses últimos 12, 13 meses. Alguns por mais tempo, como é o caso de eventos, os navios. Mas nós temos também hotéis que ficaram fechados no ano passado por volta de seis meses. Os hotéis eles têm um ativo imobiliário, isso significa que têm sim um alto custo fixo, e uma folha de pagamentos enorme, muitas vezes entre 30, 40% do custo. (Repórter) O ministro do Turismo, Gilson Machado, defendeu o relaxamento dos lockdowns e a retomada imediata das atividades, seguindo protocolos de isolamento social e higiene. (Gilson Machado) Primeiro que eu não concordo com lockdown. Temos medidas para você diminuir o distanciamento das pessoas, com protocolos de biossegurança. Você chega num restaurante hoje, num self-service, por exemplo, sua temperatura é aferida; quando você vai se servir você é obrigado a usar uma luva; só pode tirar a máscara quando chega na mesa. Uma Companhia aérea, antes dum passageiro embarcar num avião, tudo ali foi higienizado, os dutos de ar-condicionado limpos. Então a gente vê que tem, sim, solução sem acabar com os empregos. (Repórter) Orlando de Souza, do Fórum de Operadores Hoteleiros, destacou que as medidas tomadas até agora, como a suspensão de contratos de trabalho e descontos de dívidas tributárias, foram importantes para aliviar o setor, mas não para promover uma recuperação, e sugeriu medidas de incentivo de curto prazo como a liberação de cassinos e o voucher turismo. (Orlando de Souza) Existe uma demanda reprimida principalmente na questão do lazer, ainda não na questão da hotelaria de negócios, que depende de um processo de vacinação muito mais consistente, muito mais rápido que a gente está avançando, mas no caso da demanda reprimida do lazer ele é muito forte. As pessoas não estão viajando por causa da pandemia, não é porque está mais barato ou porque está mais caro. Então algum estímulo à demanda também ajuda muito na nossa capacidade de sobreviver e de recuperar minimamente agora. (Repórter) O presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, Fernando Collor, do PROS de Alagoas, espera que essas propostas e outras de médio e longo prazo sugeridas pelos especialistas, como a atualização da Lei Geral do Turismo, possam ser retomadas a partir de agosto. (Fernando Collor) Todos os senadores e senadoras estão absolutamente empenhados em alavancar todos os projetos que digam respeito ao soerguimento do turismo no Brasil. A dificuldade que nós hoje encontramos é que as comissões temáticas não estão podendo funcionar em função da questão da pandemia. Isso será possível a partir do segundo semestre se tudo correr bem e se houver um recrudescimento, uma diminuição do número de infecções pela Covid-19. (Repórter): Os representantes do setor hoteleiro destacaram que as empresas que ainda estiverem em funcionamento no pós-pandemia terão potencial de se recuperar rapidamente, de gerar empregos e de alavancar a economia como um todo.

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