Mandetta diz que orientação para busca de hospitais apenas após sintomas era para evitar disseminação da covid-19 — Rádio Senado
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Mandetta diz que orientação para busca de hospitais apenas após sintomas era para evitar disseminação da covid-19

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou, em resposta ao relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), que a orientação para ida aos hospitais somente em casa de sintomas mais graves da covid-19 tinha como objetivo evitar um espalhamento da doença. Mandetta ainda destacou a dificuldade de se conseguir insumos como testes e respiradores no início da pandemia. O ex-ministro presta depoimento na CPI da Pandemia nesta terça-feira (4).

04/05/2021, 12h08 - ATUALIZADO EM 04/05/2021, 12h09
Duração de áudio: 02:25
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: AO RESPONDER O RELATOR DA CPI DA PANDEMIA, O EX-MINISTRO LUIZ HENRIQUE MANDETTA AFIRMOU QUE ORIENTAÇÃO PARA BUSCA DE HOSPITAIS APENAS APÓS SINTOMAS MAIS GRAVES VISAVA EVITAR A CONTAMINAÇÃO COMUNITÁRIA DA COVID. REPÓRTER RODRIGO RESENDE. (Repórter) O relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, questionou ao ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta sobre a frequência de orientação aos estados e municípios no início da pandemia. Mandetta afirmou que havia contato diário com os entes federados: (Luiz Henrique Mandetta): A deliberação contínua todos os dias durante o mês de fevereiro, março, de segunda a segunda, nós somente um dia nós não trabalhamos, que foi a Sexta-Feira Santa, das sete e meia da manhã às nove e meia da manhã, com a presença de todos os representantes do Estado TCU e etc. No auditório Emílio Ribas eram feitas todas essas pactuações e em qualquer momento que ocorresse a necessidade, eles estavam presentes dentro do Ministério da Saúde pra deliberação. (Repórter) Renan questionou a orientação inicial da ida ao hospital apenas após sintomas mais graves da covid: (Renan Calheiros): É uma pergunta mais direta, mas também uma oportunidade. A recomendação de que os entre deveriam procurar os serviços de saúde, apenas quando apresentassem sintomas mais severos como falta de ar, por exemplo, dada em certo momento da sua presença no ministério. O senhor considera hoje que foi adequada? (Repórter) Mandetta afirmou que a orientação foi dada para evitar o pânico que se instalava ao se ver notícias da China e da Itália, sendo que o Brasil ainda não contava com contaminação comunitária: (Luiz Henrique Mandetta): Nós só fizemos transmissão comunitária depois do dia vinte e quatro de março, no no momento de virose, viroses a orientação sempre foi que você observe a virose, que você não vá imediatamente pro hospital, porque aglomera e se você tiver lá, sim, um paciente positivo, ele vai contaminar na sala de espera. (Repórter) Mandetta afirmou que o Ministério criou uma série de portarias e procedimentos para orientar os municípios e que havia necessidade do combate à informações que poderiam prejudicar o combate ao vírus, como o caso de que cidades mais quentes não enfrentariam a pandemia e que o isolamento vertical seria eficaz. Mandetta afirmou ainda que havia dificuldade na época inclusive para se adquirir máscaras e ao responder o relator, ainda afirmou que a testagem da doença no Brasil esbarrou na disponibilidade dos insumos no mundo. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.

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