Com Mandetta e Teich, CPI inicia depoimentos — Rádio Senado
Investigação

Com Mandetta e Teich, CPI inicia depoimentos

A CPI da Pandemia vai ouvir na manhã desta terça-feira (4) o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e à tarde, Nelson Teich. Os dois deixaram o cargo no ano passado por divergências com o presidente Jair Bolsonaro. Na quarta-feira (5), os senadores vão inquirir Eduardo Pazuello e na quinta (6), será a vez do atual ministro Marcelo Queiroga e do diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) negou uma estratégia de pressão contra Pazuello. Já Marcos Rogério (DEM-RO) defende que os questionamentos se limitem à gestão de cada depoente. 

03/05/2021, 17h26 - ATUALIZADO EM 03/05/2021, 17h26
Duração de áudio: 02:29
Montagem sobre foto de José Dias/PR e Marcello Casal Jr./ Agência Brasil

Transcrição
LOC: OS INTEGRANTES DA CPI DA PANDEMIA VÃO OUVIR DOIS EX-MINISTROS DA SAÚDE NESTA TERÇA-FEIRA. LOC: OS SENADORES QUEREM SABER SOBRE AS AÇÕES DO GOVERNO NO INÍCIO DAS CONTAMINAÇÕES PELA COVID-19. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN TÉC: O primeiro depoente da CPI da Pandemia será o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que deixou o cargo em abril do ano passado por divergências com o presidente Jair Bolsonaro sobre o uso de remédios sem eficácia comprovada, a exemplo da cloroquina. Mandetta será questionado sobre as orientações do Palácio do Planalto no início da pandemia, em especial a respeito dos processos de compra de EPIS, como máscaras, e de testes da covid-19 e a adoção de medidas de isolamento. Luiz Henrique Mandetta sempre destacou a transparência de sua gestão com coletivas diárias, reuniões com técnicos e decisões baseadas na ciência. Também na terça-feira no período da tarde, a CPI da Pandemia vai ouvir o ex-ministro Nelson Teich, que ficou no cargo por menos de um mês e saiu por discordâncias com Bolsonaro. Na quarta-feira, será a vez de Eduardo Pazuello, que comandou o Ministério da Saúde por quase um ano, seguindo as orientações do presidente da República. O senador Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, negou estratégia da oposição de desgaste a Pazuello no depoimento. (Alessandro) Todos os depoimentos têm sua importância. Tanto os ex-ministros como o atual ministro da Saúde e o diretor-presidente da Anvisa poderão colaborar para que a gente tenha um cenário claro, completo daquilo que aconteceu na gestão pública federal no tocante ao combate à pandemia causada pelo coronavírus. Eu particularmente não tenho nenhum deles como figura crucial. Todos têm uma parcela muito importante de responsabilidade e terão que passar pelo escrutínio da CPI e da sociedade. REP: Já o senador Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, avalia que os depoentes deverão se limitar aos atos de sua gestão, sem opinar sobre as demais. (Marcos) Ele deve se limitar ao período em que cada gestor esteve à frente da pasta. Não cabe aqui analogia, não cabe aqui visão do que faria se lá estivesse nesse novo momento. O que nós queremos saber é o que fez, como fez e porque fez cada gestor no momento em que esteve à frente a pasta da Saúde. Dizer que esses depoimentos podem trazer revelações surpreendentes é desconhecer como funciona o sistema público. Os atos são públicos. REP: Na quinta-feira, a CPI da Pandemia vai ouvir o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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