IFI: aumentar vacinação é urgente para recuperar economia — Rádio Senado
Economia

IFI: aumentar vacinação é urgente para recuperar economia

A demora na vacinação contra o coronavírus pode comprometer a recuperação da atividade econômica no Brasil. A conclusão é do Relatório de Atividade Fiscal, publicado pela Instituição Fiscal Independente do Senado, a IFI. Segundo o documento, quanto mais tempo o governo demorar a promover a vacinação ampla da população contra a covid-19, maior será o impacto econômico.

22/04/2021, 13h15 - ATUALIZADO EM 22/04/2021, 14h27
Duração de áudio: 01:59
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: RELATÓRIO DA IFI APONTA QUE AUMENTO DO RITMO DA VACINAÇÃO É URGENTE. LOC: DOCUMENTO TAMBÉM ANALISOU O PROJETO DE LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. O REPÓRTER PEDRO PINCER TEM MAIS INFORMAÇÕES. (Repórter) A demora na vacinação contra o coronavírus pode comprometer a recuperação da atividade econômica no Brasil. A conclusão é do Relatório de Atividade Fiscal, publicado pela Instituição Fiscal Independente do Senado, a IFI. Segundo o documento, quanto mais tempo o governo demorar a vacinar toda a população contra a covid-19, maior será o impacto econômico. De acordo com o relatório, o Brasil apresenta um ritmo lento da vacinação, com 780 mil doses ao dia. O diretor-geral da IFI, Felipe Salto, aponta que o crescimento da economia depende redução dos efeitos da pandemia. (Felipe Salto) A recuperação da economia está diretamente associada, à saída da crise da covid-19, o que por sua vez está correlacionada diretamente com o ritmo da vacinação. O risco que nós vemos para esse ano é um crescimento abaixo do atualmente projetado pela IFI, de três por cento. (Repórter) A IFI também prevê que o teto de gastos será rompido em 2021. O relatório analisa ainda o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022, que não prevê a existência de “folga” para o cumprimento do teto de gastos. Mas a IFI aponta uma sobra de R$ 38,9 bilhões. Segundo Felipe Salto, as despesas do Orçamento serão corrigidas pela inflação do fim do ano, mais baixa, enquanto o teto de gastos será corrigido pelo índice do meio do ano, mais alto. (Felipe Salto) Mas Nõ necessariamente isso seria um aval para aumento de despesas públicas, uma vez que o déficit público ainda vai estar bastante elevado e a dívida pública acima de 90% do PIB. (Repórter) A IFI aponta diferenças significativas nas estimativas de despesas primárias indicadas na LDO de 2022. Só a Previdência responde por uma divergência de R$ 21,1 bilhões. Enquanto o governo espera gastar R$ 762,9 bilhões, a IFI projeta despesas de R$ 741,8 bilhões.

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