Pacheco defende mudança no Itamaraty e critica empresários que se vacinaram com doses do SUS — Rádio Senado
Vacinação

Pacheco defende mudança no Itamaraty e critica empresários que se vacinaram com doses do SUS

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defendeu mudanças no Ministério das Relações Exteriores. Apesar de afirmar que é prerrogativa do presidente da República demitir ministros, Pacheco ponderou que a falta de vacinas no País também se deve à inércia do Itamaraty. O presidente do Senado também criticou empresários mineiros que tomaram vacinas compradas que deveriam ter sido doadas ao SUS, como estabeleceu o projeto de autoria dele.

25/03/2021, 18h12 - ATUALIZADO EM 26/03/2021, 09h47
Duração de áudio: 02:02
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: PRESIDENTE DO SENADO DEFENDE MUDANÇAS NO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES AO CITAR INÉRCIA DO ITAMARATY EM BUSCA DE VACINAS NO EXTERIOR. LOC: RODRIGO PACHECO TAMBÉM CRITICOU OS EMPRESÁRIOS MINEIROS QUE TOMARAM A VACINA, QUE, POR LEI, DEVERIA TER SIDO REPASSADA AO SUS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN TÉC: O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defendeu mudanças no Ministério das Relações Exteriores que tem como titular hoje Ernesto Araújo. Ele citou que o Brasil sempre teve uma presença marcante no cenário mundial por seu posicionamento pacífico e por ser um dos maiores produtores de alimentos. O presidente do Senado lembrou da moção internacional aprovada pelo Plenário em que os senadores pedem a doação de imunizantes estocados e não usados pelos outros países. Ao ressaltar que cabe ao presidente da República a demissão de assessores, Rodrigo Pacheco ponderou que a visão pessoal de um ministro não pode prejudicar o País ao citar a inércia do Itamaraty em busca de vacinas no exterior. (Pacheco) Nós tivemos muitos erros no enfrentamento a essa pandemia. Um deles foi o não estabelecimento de uma relação diplomática de produtividade com diversos países que poderiam ser colaboradores nesse momento agudo de crise que temos no Brasil. Então, ainda está em tempo de mudar para salvar vidas. E o que precisamos agora é mudar dessa política externa para termos parcerias internacionais. REP: O presidente do Senado, autor da lei que permitiu a compra de vacinas pela iniciativa privada, criticou os empresários mineiros que tomaram doses que deveriam ter sido doadas para o SUS. (Pacheco) O entendimento do Congresso Nacional é de que na edição da Lei 14125 houvesse a possibilidade da aquisição pela iniciativa privada para doação da integralidade da aquisição para o Sistema Único de Saúde. Não se pode descumprir essa lei. No futuro, quem sabe se possa ter em farmácias e em hospitais a aquisição de vacinas. Mas nesse instante, enquanto os grupos prioritários não forem vacinados, não é ético e admissível pensar que alguém pode vacinar fora do Plano Nacional de Imunização. REP: Rodrigo Pacheco voltou a cobrar um protagonismo do Ministério da Saúde nessa piora da pandemia com registros diários de mais de 3 mil mortes. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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