Aprovado Orçamento de 2021 com de déficit de 247 bilhões — Rádio Senado
Orçamento

Aprovado Orçamento de 2021 com de déficit de 247 bilhões

O Congresso Nacional aprovou o Orçamento Geral da União de 2021, que prevê um déficit de R$ 247 bilhões. O relator-geral, Márcio Bittar (MDB-AC), afirmou que esta foi a proposta possível, ao destacar recursos para as vacinas contra a covid-19 e para obras. A oposição criticou o reajuste dos militares e os investimentos do Ministério da Defesa. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) citou que faltará dinheiro para o pagamento de aposentadorias, abono-salarial e do seguro-desemprego.

25/03/2021, 22h47 - ATUALIZADO EM 25/03/2021, 22h47
Duração de áudio: 03:07
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: O CONGRESSO NACIONAL APROVOU O ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO DE 2021 COM RECURSOS PARA A PRODUÇÃO E COMPRA DE VACINAS E INVESTIMENTOS EM OBRAS PARA A GERAÇÃO DE EMPREGOS. LOC: A OPOSIÇÃO CRITICOU “EXCESSO” DE VERBAS PARA AS FORÇAS ARMADAS E ALERTOU PARA A FALTA DE DINHEIRO PARA O PAGAMENTO DE APOSENTADORIAS E ABONO SALARIAL. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN TÉC: O Orçamento Geral da União de 2021 estabeleceu um salário mínimo de R$ 1.100, um aumento de R$ 33 em comparação ao ano passado. O projeto prevê um crescimento econômico de 3,2%, uma inflação de 4,42%, uma taxa de juros de 4,5%, um dólar a R$ 5,30 e um déficit superior a R$ 247 bilhões, o oitavo ano que o País fecha as contas no negativo. Ao citar a crise econômica provocada pela pandemia, o relator-geral, senador Márcio Bittar, do MDB do Acre, afirmou que o Orçamento de 2021 foi o possível dentro das restrições financeiras. Mas destacou que o Congresso Nacional destinou mais recursos para a produção e compra de vacinas e aumentou a verba da saúde. (Bittar) Do que chegou em nossas mãos, nós aumentamos o dinheiro para a educação e para a saúde. Garantimos o recurso para continuidade da pesquisa sobre a vacina brasileira, a continuidade no orçamento de mais de R$ 20 bilhões para que o governo federal continue comprando as vacinas. E milhões de trabalhadores esparramados pelo País teriam que cruzar os braços se não tivéssemos um jeito de descobrir uma fonte para suplementar o orçamento da infraestrutura, do MDR (Ministério do Desenvolvimento Regional) e da Agricultura. REP: A oposição criticou as escolhas do governo num orçamento tão restritivo. Citou o repasse de R$ 7,1 bilhões para o reajuste das Forças Armadas, enquanto congelou o salário das demais categorias, e de R$ 8,3 bilhões para investimentos do Ministério da Defesa em submarinos e caças. Os oposicionistas alertaram que faltará dinheiro para o pagamento do abono salarial, do seguro-desemprego e de aposentados e pensionistas porque R$ 26,5 bilhões foram repassados para obras nos estados e municípios bancadas pelas emendas parlamentares. O senador Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, afirmou que o governo ignorou a saúde pública com aumento de apenas R$ 1,2 bilhão neste orçamento e ainda cortou verbas da educação. (Alessandro) Além das restrições naturais de um ano tão complicado, algumas escolhas políticas do governo não justificam no tocante à definição de prioridades. Mas no momento é urgente e a gente precisa da aprovação deste Orçamento para que o estado possa continuar funcionando. E vamos acreditar que o governo cumpra o compromisso de recomposição de áreas estratégicas, como é o caso do Censo e de outras iniciativas importantes na tecnologia educação. REP: O líder do governo no Congresso Nacional, senador Eduardo Gomes, do MDB do Tocantins, assegurou que o IBGE receberá os recursos necessários para a realização do Censo diante de um corte de R$ 1,7 bilhões. A equipe econômica, no entanto, dependerá da autorização do Congresso Nacional para bancar algumas despesas e precisará fazer cortes no Orçamento de 2021, recém aprovado. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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