Brasil ultrapassa 300 mil mortes por covid-19 após dia mais letal da doença — Rádio Senado
Pandemia

Brasil ultrapassa 300 mil mortes por covid-19 após dia mais letal da doença

O Brasil ultrapassou a marca de trezentas mil mortes por covid-19 nesta quarta-feira (24). O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, lamentou que o país tenha se tornado o epicentro mundial da doença. O número foi atingido mesmo após mudança no sistema do Ministério da Saúde, que passou a exigir informações obrigatórias para contabilizar os óbitos, como a data de uma eventual vacinação contra a covid-19. Para Jean Paul Prates (PT-RN) se trata de um método artificial para reduzir os casos. A pasta já recuou. 

24/03/2021, 20h11 - ATUALIZADO EM 24/03/2021, 20h11
Duração de áudio: 02:36
Bruno Kelly/Amazônia Real

Transcrição
LOC: O BRASIL ATINGIU NESTA QUARTA-FEIRA A MARCA DE TREZENTOS MIL MORTOS POR COVID-19. O NÚMERO VEM UM DIA APÓS SEREM REGISTRADOS, PELA PRIMEIRA VEZ, MAIS DE 3 MIL ÓBITOS EM 24 HORAS. LOC: O ÍNDICE FOI ATINGIDO MESMO APÓS UMA MUDANÇA NO SISTEMA DE NOTIFICAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, QUE GEROU UMA QUEDA ARITIFICIAL NOS CASOS, MAS A PASTA JÁ RECUOU. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA TÉC: O Brasil ultrapassou a triste marca de trezentas mil mortes por covid-19 nesta quarta-feira. Ao abrir a sessão, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, lamentou que o país tenha se tornado o epicentro mundial da doença. (Pacheco) Atingimos o ápice da crise, trezentos mil brasileiros mortos! É do conhecimento de todos o fato de que o fornecimento das vacinas no Brasil está aquém do esperado. Isso nos colocou em situação de extrema vulnerabilidade. (REP) Na terça-feira o Brasil passou pela primeira vez a marca de 3000 mil mortos por dia: foram 3.251 vidas perdidas em 24 horas. Nesta quarta-feira, o ministério da saúde, alterou a forma de registro de óbitos por covid. Passou a ser exigido um cadastro com CPF, número do cartão do SUS, nacionalidade e se o paciente já tinha se vacinado contra a covid e em que data. A mudança não foi comunicada às secretarias municipais e estaduais de saúde, o que acabou atrasando os registros e fez com que o número de óbitos despencasse. Para Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte, se trata de um método artificial para tentar mascarar o número de mortes. (Jean Paul) Ontem, o Brasil teve 3.251 mil mortos registrados em 24h e hoje, em seu primeiro dia de trabalho, o novo ministro da saúde mudou o sistema de registros de óbitos como se isso pudesse diminuir a mortandade que o governo dele patrocina. É como frear um carro tentando segurar o ponteiro do velocímetro. (REP) O Ministério da Saúde já voltou atrás na mudança. Para Zenaide Maia, do PROS do Rio Grande do Norte, o Executivo contribui para o agravamento da pandemia. (Zenaide) Trezentos mil vidas perdidas não só pelo covid-19, mas pela atuação do presidente da república que intencionalmente negou a gravidade da doença, boicotou o uso de máscaras e o distanciamento social, provocando inúmeras aglomerações. Não investiu em vacinas e ainda criticou as vacinas do Butantan e da Pfizer. (REP) O Brasil já ultrapassou os Estados Unidos e é hoje o país com maior número de mortes por dia por contaminação do coronavírus. Os americanos, no entanto, já somam 544 mil óbitos desde o início da pandemia. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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