Plenário aprova proibição de desativação dos hospitais de campanha — Rádio Senado
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Plenário aprova proibição de desativação dos hospitais de campanha

O Senado aprovou o projeto da senadora Rose de Freitas (MDB-ES) que impede a desativação dos hospitais de campanha enquanto não forem vacinados 70% da população contra a covid-19 ou não houver leito disponível nas cidades com essa estrutura. O relator, Marcelo Castro (MDB-PI), destacou o caos em Manaus e a imunização de menos de 2% das pessoas. Contrário ao projeto, o senador Carlos Portinho (PL-RJ) destacou a ingerência na gestão municipal e os casos de corrupção e superfaturamento. A proposta segue para a Câmara dos Deputados. 

10/02/2021, 20h37 - ATUALIZADO EM 11/02/2021, 09h36
Duração de áudio: 02:27
Renato Alves/Agência Brasília

Transcrição
LOC: O PLENÁRIO DO SENADO APROVOU O PROJETO QUE PROÍBE A DESATIVAÇÃO DOS HOSPITAIS DE CAMPANHA ATÉ A VACINAÇÃO DE SETENTA POR CENTO DOS BRASILEIROS. LOC: ATÉ O MOMENTO, MENOS DE DOIS POR CENTO DA POPULAÇÃO JÁ FOI IMUNIZADA CONTRA O NOVO CORONAVÍRUS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN TÉC: O projeto aprovado da senadora Rose de Freitas, do MDB do Espírito Santo, impede a desativação de hospitais de campanha até que ocorra a ampla vacinação contra o novo coronavírus ou haja leito disponível na rede pública. Segundo o Consórcio de Veículos de Imprensa, cerca de 4 milhões de pessoas, ou menos de 2% da população, foram imunizados, em todo o País. O relator, senador Marcelo Castro, do MDB do Piauí, definiu no projeto que a desativação só poderá ser feita após a imunização de 70% de todas as faixas etárias e classes profissionais vulneráveis à doença e nas cidades onde houver leitos disponíveis. Ele afirmou que apesar de limitados os hospitais de campanha poderão ser necessários nesta segunda onda com uma cepa mais transmissível, como a encontrada em Manaus. (Castro) Como a gente tem essa nova variante do coronavirus no Amazonas e a gente não sabe ainda como isso pode evoluir, com certeza, mais transmissível do que a original, então nós achamos que é prudente, que é conveniente a gente tomar todas as precauções e todas as providências para a gente não ser surpreendido com a nova onda, que já estamos há mais de 20 dias com a média móvel de mais de mil casos por dia. REP: Ao se manifestar contrariamente, o senador Carlos Portinho, do PL do Rio de Janeiro, afirmou que o projeto é uma ingerência na gestão de estados e municípios. Ele citou que o Rio previa gastar mais de R$ 750 milhões com hospitais de campanha que sequer foram montados. (Portinho) No Rio de Janeiro, o hospital de campanha do Rio Centro desativado poupou R$ 250 mil por dia, o que foi permitido com a abertura de novos leitos municipais. A diária do hospital Rio Centro chegava a quase R$ 12,5 mil bem acima da média até mesmo dos hospitais particulares. REP: Diversos estados construíram hospitais de campanha no início da pandemia. Após diversas operações da Polícia Federal, o Ministério da Saúde desaconselhou em maio esse tipo de estrutura e recomendou a ampliação das UTIs já existentes. No Rio de Janeiro, Wilson Witzel foi afastado do cargo de governador por irregularidades nessas instalações. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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