Recursos não gastos por Ministério da Saúde irão para consórcio de vacina — Rádio Senado
Coronavírus

Recursos não gastos por Ministério da Saúde irão para consórcio de vacina

Conforme decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro nessa sexta-feira (15), em 2021, o Brasil vai investir R$ 1,68 bilhão no projeto Covax Facility, aliança internacional para garantir o acesso a vacinas contra o coronavírus. Esse valor é a diferença dos R$ 2,5 bilhões liberados em setembro por medida provisória (MPV 1.004/2020) e não gastos integralmente pelo Ministério da Saúde em 2020. Essa medida aguarda votação na Câmara dos Deputados. E outra (MPV 1.003/2020), que autoriza o Brasil a aderir formalmente ao Covax Facility, já foi aprovada na Câmara e deverá ser votada pelo Senado em fevereiro. Reportagem, Iara Farias Borges.

20/01/2021, 13h47 - ATUALIZADO EM 20/01/2021, 16h18
Duração de áudio: 02:24
John Cairns/Universidade de Oxford

Transcrição
LOC: O BRASIL VAI INVESTIR NESTE ANO UM BILHÃO E SEISCENTOS E OITENTA MILHÕES EM VACINAS DO COVAX FACILITY. O MONTANTE, SOMADO AO QUE JÁ FOI PAGO, DÁ AO PAÍS O DIREITO A 42 MILHÕES DE DOSES DE VACINAS. LOC: DECRETO DO PRESIDENTE BOLSONARO, EDITADO NA SEXTA-FEIRA, REABRE O CRÉDITO PARA A ALIANÇA COORDENADA PELA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES (Repórter) Por meio de duas medidas provisórias editadas em setembro, o Brasil passou a fazer parte do Covax Facility, uma aliança internacional de pesquisa e distribuição de vacinas, coordenada pela Organização mundial da Saúde, que distribui imunizantes nas regiões mais pobres do mundo. Uma das medidas autoriza o ingresso do Brasil no Instrumento de Acesso Global de Vacinas Covid-19; e a outra, liberou dois bilhões e meio, exigidos para a adesão ao programa, para serem aplicados no custeio da compra de vacinas, pagar tributos e custos operacionais. Como em 2020 o Ministério da Saúde gastou 831 milhões, o restante do crédito teve que ser reaberto por decreto. Assim, em 2021 o Brasil terá um bilhão e seiscentos e oitenta milhões para investir no consócio e ter direito a 42 milhões de doses de vacina. O médico e ex-ministro da Saúde, senador Humberto Costa, do PT pernambucano, afirmou que a vacinação é importante para acabar com a pandemia. (Humberto Costa) “A vacina representa, sem dúvida, uma esperança, uma expectativa, de toda a população de uma solução definitiva para essa. O grande problema que se coloca para nós agora é a garantia de que todos possam ter acesso. Que isso se faça de forma gratuita, que o governo faça de maneira organizada, para que não apenas os estados mais ricos, mas todos os estados do Brasil tenham acesso”. (Repórter) Com a vacinação, a vida voltará ao normal, disse o senador Plínio Valério, do PSDB do Amazonas, ao lamentar as mortes por covid-19. (Plínio Valério) “É muito mais do que uma guerra civil sangrenta. Sinto na população uma certa desconfiança, eu vejo muita gente dizendo que não vai tomar a vacina logo, e outros querendo. A minha expectativa particular é grande, porque a gente precisa continuar a vida, a vida precisa voltar ao normal. Eu acho que com a vacina a gente conseguiria”. (Repórter) A medida provisória que libera o dinheiro para adesão ao Covax Facility aguarda votação da Câmara dos Deputados. E a que autoriza o Brasil a aderir formalmente ao programa já foi aprovada na Câmara e deverá ser votada pelo Senado em fevereiro. - MPV 1.003/2020 - MPV 1.004/2020

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