Coronavac evitou 100% de mortes, casos graves e moderados em 12 mil voluntários da saúde — Rádio Senado
Covid-19

Coronavac evitou 100% de mortes, casos graves e moderados em 12 mil voluntários da saúde

O Instituto Butantan divulgou nesta quinta-feira (7) resultados do teste de eficácia da CoronaVac conduzido no Brasil. Dos 12.476 profissionais de saúde que participaram do estudo nenhum teve covid-19 em sua forma grave ou moderada e não foram registradas nenhuma morte e internação hospitalar. Entre os casos leves, a proteção da vacina foi de 78%. Para os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Zenaide Maia (PROS-RN), os resultados dão esperança aos brasileiros. A reportagem é de Marcella Cunha, da Rádio Senado.

07/01/2021, 18h53 - ATUALIZADO EM 07/01/2021, 18h53
Duração de áudio: 03:27
Governo de São Paulo

Transcrição
LOC: A CORONAVAC TEVE 78% DE EFICÁCIA PARA CASOS LEVES DE COVID-19 EM TESTES CONDUZIDOS NO BRASIL E EVITOU COMPLETAMENTE CASOS MODERADOS E MORTES. LOC: A ANVISA VAI ANALISAR O USO EMERGENCIAL DA VACINA, QUE JÁ TEM QUASE 11 MILHÕES DE DOSES PRONTAS PARA SEREM APLICADAS NO BRASIL. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA TÉC (0107C04 - Marcella – Covas – Humberto – Zenaide – 03:25) Foram mais de doze mil voluntários no estudo conduzido no Brasil para testar a eficácia da CoronaVac em fase 3. Todos eles profissionais de saúde que atuam diretamente com pacientes contaminados. Entre os que receberam a vacina, não houve nenhum caso de covid-19 grave ou moderado e nenhuma internação hospitalar. Já contra casos leves e que necessitaram atendimento ambulatorial, a proteção foi de 78%. Para Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, que produz o imunizante no Brasil, os dados reforçam a segurança da vacina. (Dimas Covas) Uma vacina nesse momento vem para diminuir essa carga de doença, vem para diminuir a gravidade desses casos, vem para impedir que as pessoas, uma vez infectadas pelo coronavírus, desenvolvam a forma mais grave da doença. É isso que nós esperamos de uma vacina. (REP) Já existem quase onze milhões de doses da vacina no Brasil e a capacidade do Instituto Butantan é de produzir mais de um milhão por dia. Para o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, que também é médico e foi ministro da saúde, a fabricação nacional é mais um item de segurança para os brasileiros. (Humberto) Creio que é um alívio para todos nós porque certamente essa será a vacina que será aplicada em primeiro lugar e que tem um fabricante nacional e que nos permite ampliar ou diminuir a produção de acordo com as nossas necessidades. Então vejo como uma luz importante no fim do túnel. (REP) O resultado da CoronaVac é intermediário entre outras vacinas testadas em fase 3. A da Pfizer e a da Moderna apresentaram resultados acima de 94%, e a de Oxford, de 70%. A Organização Mundial da Saúde recomenda uma taxa mínima de eficácia de 50%. Para a médica e senadora Zenaide Maia, do PROS do Rio Grande do Norte, os resultados do Butantan dão esperança para os brasileiros. (Zenaide) Quero aqui parabenizar o Instituto Butantan, os voluntários, os pesquisadores e cientistas brasileiros envolvidos no desenvolvimento da vacina Coronavac. Os resultados de eficácia apresentados hoje dão esperança para todos que não suportam mais conviver com tantas perdas de vidas humanas. (REP) O estudo foi feito em 16 centros clínicos de oito estados brasileiros e os dados revisados pelo Comitê Internacional Independente, na Áustria. A CoronaVac utiliza o vírus inativado, que estimula o sistema imune a produzir anticorpos, mas sem causar doença. Essa tecnologia é utilizada há mais de sete décadas em imunizantes contra a Hepatite A e a vacina de poliomielite, por exemplo. O Butantan confirmou que serão necessárias duas doses, tomadas com 14 a 28 dias de diferença. A intenção é aumentar esse intervalo para conseguir imunizar um número maior de pessoas. Os dados foram apresentados à Anvisa que vai analisar o uso emergencial da vacina. A previsão é de início de vacinação no dia 25 de janeiro em São Paulo. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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