Para prevenir ataques, urnas eletrônicas não têm acesso on-line — Rádio Senado
Eleições

Para prevenir ataques, urnas eletrônicas não têm acesso on-line

A urna eletrônica foi utilizada pela primeira vez nas eleições municipais de 1996. Atualmente, todos os brasileiros votam de forma digital. Medida que possibilitaria a impressão do voto já foi aprovada pelo Congresso, mas barrada pelo Supremo Tribunal Federal devido ao custo, cerca de R$ 2 bilhões. Mais informações com o repórter Rodrigo Resende, da Rádio Senado.

23/11/2020, 16h06 - ATUALIZADO EM 23/11/2020, 18h10
Duração de áudio: 02:15
Servidor do TRE-AM lacra urna Eletrônica para votação nas eleições suplementares do Amazonas. Manaus-AM, 05/08/2017
Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE
Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE

Transcrição
EleLOC: A URNA ELETRÔNICA FOI UTILIZADA PELA PRIMEIRA VEZ NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 1996. LOC: HOJE TODOS OS BRASILEIROS VOTAM PELO SISTEMA DIGITAL. CONGRESSO AINDA DEBATE POSSIBILIDADE DE IMPRESSÃO DE UM RECIBO DO VOTO PARA POSTERIOR CONFERÊNCIA. MAIS INFORMAÇÕES COM O REPÓRTER RODRIGO RESENDE: TÉC: A urna eletrônica foi utilizada pela primeira vez no Brasil nas eleições municipais de 1996. O aparelho foi substituindo gradativamente o voto em cédula nas eleições superiores e, nos últimos pleitos, todos os cidadãos brasileiros já depositam o voto de forma digital. Após a conclusão do processo de votação, geralmente às cinco da tarde no horário local, cada urna libera boletins impressos com a votação dos candidatos. Os dados são integrados no sistema do Tribunal Superior Eleitoral a partir de um cartão de memória presente na urna que é encaminhado a sede mais próxima do Tribunal Regional Eleitoral. O ministro Luis Roberto Barroso, presidente do TSE, afirma que as urnas são seguras mas que sempre existe espaço para aperfeiçoamentos: Barroso – Rigorosamente nessa vida tudo pode ser aperfeiçoado, aliás, a cada ano o TSE aperfeiçoa o sistema de urnas eletrônicas, inclusive pela construção de barreiras contra ataques. Talvez nenhum país do mundo, no mesmo dia de uma eleição, em que nós tivemos mais de 100 milhões de eleitores, talvez 120 milhões de eleitores, você divulgar o resultado na mesma noite, isso continua a ser extraordinário. (REP) Projetos em debate no Congresso querem instituir o voto impresso para as próximas eleições. Funcionaria da seguinte forma: após o voto na urna a máquina imprimiria uma espécie de comprovante para o eleitor com as suas escolhas. Esse recibo seria depositado em um local para uma possível conferência dos votos. Essa possibilidade já foi aprovada no Congresso em 2015 mas foi barrada no TSE e no STF com a justificativa do aumento de custos, cerca de 2 bilhões de reais a mais. Cada urna é utilizada em média por 10 anos e custa em média R$ 4.400. Para 2022 o TSE fez uma licitação de 799 milhões de reais, vencida pela empresa brasileira Positivo para a aquisição das máquinas. A urna eletrônica, no dia da eleição, não tem conexão à internet ou a qualquer sistema on-line do TSE, o que protege o aparelho de ataques. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.

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