OMS recomenda priorizar grupos de risco na vacinação contra covid-19
A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que a imunização com a vacina contra o novo coronavírus seja feita com prioridade nos grupos de risco – profissionais de saúde, pessoas com mais de 65 anos e com doenças crônicas. A priorização é prevista em projeto de lei (PL 4.621/2020) do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). E um projeto da senadora Rose de Freitas (Podemos-ES), exige a definição de critérios técnicos para a distribuição de vacinas (PL 4.023/2020), com o que o senador Humberto costa (PT-PE), que é médico e ex-ministro da Saúde, concorda. Para o senador Plínio Valério (PSDB-AM), só a vacina vai trazer a vida normal de volta. Além dos cinco estudos desenvolvidos no Brasil, o governo quer participar da Covax Facility, uma aliança internacional de pesquisa e distribuição, que já tem nove vacinas em estudo e vai imunizar 60% da população mundial contra o novo coronavírus. A adesão ao programa, com a liberação de R$ 2,5 milhões, depende da aprovação pelo Congresso de duas Medidas Provisórias (MPV 1.003/2020 e MPV 1.004/2020). Reportagem, Iara Farias Borges.
Transcrição
LOC: A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE ORIENTA QUE PRIMEIRO SEJAM VACINADAS CONTRA A COVID-19 TODAS AS PESSOAS DE GRUPO DE RISCO.
LOC: SENADORES DISCUTEM PROPOSTAS QUE LEVAM EM CONTA ESTA RECOMENDAÇÃO. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES
(Repórter) Na iminência do lançamento de uma vacina eficiente e segura contra o novo coronavírus, a Organização Mundial da Saúde alertou que, de início, não haverá doses suficientes para imunizar toda a população. E recomendou que primeiro sejam vacinadas as pessoas de grupo de risco, como os profissionais de saúde, maiores de 65 anos e as que tenham doenças crônicas. Essa priorização dos grupos mais vulneráveis já é prevista em projeto do senador Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe. O senador Plínio Valério, do PSDB do Amazonas, confia que a vacina estará disponível em breve.
(Plínio Valério) “150 mil mortes é muito mais do que uma guerra civil sangrenta. É o mundo inteiro tentando desenvolver essa vacina. Espero que venha, porque a gente precisa continuar a vida, a vida precisa voltar ao normal”.
(Repórter) No Brasil, cinco estudos desenvolvem vacinas contra o novo coronavírus: da Fiocruz, Fundação Oswaldo Cruz, em parceria com a empresa AstraZaneca e Universidade de Oxford do Reino Unido; do Instituto Butantã com a empresa chinesa Sinovac; da BioNTech, da Alemanha e das empresas americanas Wyeth/Pfizer e Johnson-Johnson. O governo brasileiro ainda quer participar da Covax Facility, uma aliança internacional de pesquisa e distribuição da vacina, que vai imunizar 60% da população mundial contra o novo coronavírus. Para a adesão do Brasil, o Congresso Nacional precisa aprovar duas medidas provisórias, que liberam mais de dois bilhões e meio de reais para o programa. Com a chegada da vacina, é preciso estabelecer critérios de distribuição, defendeu o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, que é médico e ex-ministro da Saúde.
(Humberto Costa): “A vacina representa uma esperança e uma solução definitiva para essa pandemia; uma vacina que possa ser eficaz, possa ser segura. Interessa para a população brasileira o acesso à vacina, e que isso se faça de forma gratuita, que o governo faça de maneira organizada, para que não apenas os estados mais ricos, mas todos os estados do Brasil tenham acesso, que tenhamos critérios para definir quem terá acesso e primeiramente às vacinas”.
(Repórter) A distribuição deve ser feita com base em critérios técnicos, como prevê o projeto de autoria da senadora Rose de Freitas do Podemos do Espírito Santo.
MPV 1.003/2020
MPV 1.004/2020
PL 4621/2020
PL 4.023/2020